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Congonhas amplia embarque remoto e mira voos internacionais
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Quem já embarcou em Congonhas sabe que o aeroporto é prático, mas apertado. Agora, essa realidade começa a mudar. A concessionária Aena, que administra o terminal desde 2023, acaba de inaugurar a ampliação do embarque remoto —aquele espaço no piso térreo onde os passageiros acessam os aviões por ônibus. A área mais que dobrou de tamanho, passando de 1.400 m² para 3.300 m².
A entrega é parte de um projeto de modernização que vai até 2028 e inclui a construção de um novo terminal de passageiros. Mas a ampliação já traz melhorias imediatas: mais assentos, mais lojas e mais conforto para os cerca de 15 mil passageiros que passam por ali todos os dias melhorando a experiência de quem embarca.
Além disso, a nova estrutura é um passo importante para um plano mais ambicioso: a retomada dos voos internacionais em Congonhas, prevista para acontecer após a conclusão das obras em 2028.
Mais espaço, mais lojas e menos aperto
A nova área de embarque remoto agora conta com 11 lojas —antes eram apenas duas. Tem café, farmácia, livraria, restaurante, sorveteria e até uma farmárcia. Os assentos também aumentaram: são 339 lugares disponíveis, contra os 213 anteriores. Tudo pensado para reduzir o estresse e tornar a espera mais agradável.
Os portões de embarque continuam sendo 10, numerados de 13 a 22, mas agora estão mais espaçados e melhor sinalizados. Segundo Kleber Meira, CEO da Aena, o objetivo é “administrar a ansiedade” dos passageiros e oferecer um ambiente mais funcional. A estrutura será usada até junho de 2028, quando o novo terminal definitivo será inaugurado.
Segundo a Aena, a ampliação do embarque remoto é só o começo. O Aeroporto de Congonhas está passando por uma reforma completa, com investimento de R$ 2,4 bilhões. A previsão é que tudo esteja pronto até junho de 2028. Entre as novidades:
- Novo terminal com 105 mil m²;
- 19 pontes de embarque (fingers);
- 10 portões de embarque remoto aproveitando o hangar tombado;
- Sistema de bagagens com 10 carrosséis;
- Área comercial com 20 mil m²;
- Salas VIP e novos canais de inspeção;
- Conexão direta com o metrô via monotrilho;
- Capacidade para receber o Airbus A321 em todas as posições.
Voos internacionais voltam após mais de 40 anos
Congonhas não opera voos internacionais comerciais desde 1985, quando essas rotas foram transferidas para Guarulhos. Mas isso está prestes a mudar. A Aena já protocolou o pedido na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para retomar essas operações, que devem começar em duas fases: primeiro com aviação executiva, depois com voos comerciais para países da América do Sul.
A pista de Congonhas não comporta aeronaves de grande porte, então os destinos internacionais serão restritos a países como Argentina, Chile e Uruguai. A infraestrutura está sendo preparada para isso, com novos portões reversíveis e áreas dedicadas à imigração e alfândega.
A efetivação do projeto ainda depende de acordos com companhias aéreas, Polícia Federal, Receita Federal e outros órgãos reguladores.