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Conheça o hábito pode afetar sua saúde mental sem aviso

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Você já acordou cansado mesmo depois de uma noite inteira de sono? Ou sentiu que seu humor despencou sem motivo aparente? Pois é, talvez o problema esteja em algo que parece inofensivo: o hábito de dormir mal. Em meio à correria do dia a dia, negligenciar o descanso virou quase regra —e os impactos disso na saúde mental são mais sérios do que se imagina.

Uma análise publicada na revista Psychological Bulletin reuniu dados de 154 estudos ao longo de cinco décadas, envolvendo mais de 5 mil voluntários. O resultado? Mesmo pequenas perdas de sono, como dormir uma ou duas horas a menos, já provocam queda significativa na alegria, bem-estar e satisfação, além de aumento nos níveis de ansiedade.

Participantes do estudo enfrentaram diferentes formas de privação de sono, revelando impactos diretos na saúde mental e emocional.
Participantes do estudo enfrentaram diferentes formas de privação de sono, revelando impactos diretos na saúde mental e emocional. – Andrii Lysenko/istock

Dormir mal não é só acordar cansado. É colocar em risco o equilíbrio emocional, abrir espaço para sintomas depressivos e comprometer a qualidade de vida. E o mais preocupante: muita gente nem percebe que esse hábito está sabotando sua saúde mental.

O sono como pilar da saúde emocional

A privação de sono afeta diretamente o funcionamento do cérebro. Durante o descanso, o corpo regula hormônios como serotonina, dopamina e cortisol, fundamentais para o humor e o controle do estresse. Quando esse processo é interrompido, o sistema nervoso entra em alerta — e o resultado é uma mente mais vulnerável.

Segundo o médico João Gabriel Braga, parceiro da reportagem da Catraca Livre, dormir mal pode desencadear a resposta fisiológica de “luta ou fuga”, liberando substâncias como adrenalina e cortisol. Isso gera sintomas físicos como coração acelerado, pressão alta, respiração curta e até crises de pânico.

Além disso, o sono fragmentado ou insuficiente prejudica a capacidade de concentração, tomada de decisões e regulação emocional. É como tentar funcionar com a bateria pela metade — tudo fica mais difícil, do trabalho às relações pessoais.

Ansiedade e depressão: quando o corpo dá sinais

A ligação entre sono ruim e transtornos mentais é cada vez mais evidente. Pessoas que dormem pouco ou têm o sono interrompido frequentemente apresentam maior risco de desenvolver ansiedade, depressão e irritabilidade crônica. E não é preciso passar noites em claro para sentir os efeitos: basta uma rotina irregular ou noites mal dormidas.

O estudo citado mostra que os participantes relataram sensação de sufocamento, tontura e preocupação excessiva após períodos de privação de sono. Esses sintomas são comuns em quadros de ansiedade e podem evoluir para crises mais graves se não forem tratados.

Outro ponto importante é que o impacto do sono na saúde mental não depende apenas da quantidade, mas também da qualidade. Dormir por muitas horas sem atingir os estágios profundos do sono pode ser tão prejudicial quanto dormir pouco.

Como proteger sua saúde mental com hábitos simples

A boa notícia é que é possível reverter esse quadro com mudanças simples na rotina. Criar um ambiente propício para o sono —com pouca luz, silêncio e temperatura agradável— é um bom começo. Evitar telas antes de dormir, manter horários regulares e reduzir o consumo de cafeína também ajudam.

Além disso, práticas como meditação, respiração consciente e atividade física leve podem melhorar a qualidade do sono e reduzir os níveis de estresse. O importante é entender que dormir bem não é luxo, é necessidade básica para manter a saúde mental em dia.

Se os sintomas persistirem, é fundamental buscar ajuda profissional. Psicólogos e psiquiatras podem orientar sobre tratamentos adequados, que incluem terapia cognitivo-comportamental e, em alguns casos, medicação.

Dormir bem é cuidar da mente

Em um mundo que valoriza a produtividade acima de tudo, parar para descansar pode parecer perda de tempo. Mas a ciência mostra que o sono é um dos pilares mais importantes da saúde mental. Ignorar esse hábito pode transformar pequenos incômodos em grandes problemas emocionais.

Dormir bem é mais do que acordar disposto, é garantir que o cérebro funcione com equilíbrio, que as emoções estejam sob controle e que o corpo responda com saúde. E tudo isso começa com uma escolha simples: respeitar o tempo de descanso.

Então, da próxima vez que pensar em sacrificar o sono por mais uma tarefa, lembre-se: sua saúde mental agradece.

 



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