Moda
Veja quais alimentos representam perigo real à saúde quando vencem
/catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2025/06/istock-1091215168.jpg?ssl=1)
Sabe aquele iogurte que está na geladeira há uns dias além do prazo? Ou o presunto que parece estar “ok” mesmo vencido? Pois é, nem sempre o visual ou o cheiro contam toda a história. Uma pesquisa da Universidade de Reading, no Reino Unido, em parceria com a Food Standards Agency, revelou que alguns alimentos podem representar riscos sérios à saúde quando consumidos após a data de validade.
O estudo analisou mais de 200 amostras de produtos comuns em supermercados e identificou sete alimentos que não devem ser ingeridos sob nenhuma hipótese depois do vencimento. A razão? Eles são altamente perecíveis, têm alto teor de umidade e proteínas —o que os torna terreno fértil para bactérias como Salmonella, Listeria e E. coli.
E não adianta confiar só no olfato ou na aparência. Segundo a microbiologista Helen Rogers, alimentos contaminados podem parecer normais, mas ainda assim causar intoxicações graves. Em países tropicais como o Brasil, o calor acelera esse processo, tornando o cuidado com o prazo de validade ainda mais importante.
Laticínios e carnes: os campeões do perigo
Entre os alimentos que lideram a lista dos mais perigosos após o vencimento estão os laticínios frescos — como leite, iogurte e queijos brancos. Mesmo sem alterações visíveis, esses produtos podem abrigar bactérias nocivas que causam gastroenterite, vômitos e diarreia. A sensibilidade à temperatura e ao tempo torna esses itens especialmente vulneráveis.
Carnes e embutidos, como presunto, peito de peru e linguiça, também são vilões quando vencem. Após abertos, mesmo refrigerados, eles podem ser contaminados por Listeria monocytogenes, uma bactéria capaz de provocar infecções graves. O risco aumenta ainda mais se o produto estiver mal armazenado ou exposto ao calor.
Peixes e frutos do mar completam o trio de maior risco. A degradação rápida das proteínas e o crescimento de bactérias anaeróbicas, como o Clostridium botulinum, tornam esses alimentos extremamente perigosos após o prazo de validade. Mesmo que estejam com aparência “ok”, o consumo pode levar a intoxicações severas.
Ovos, sucos e comidas prontas também entram na lista
Os ovos são outro item que merece atenção. Embora muita gente use o famoso “teste da água” para verificar se ainda estão bons, os especialistas alertam que esse método não substitui o controle da validade. O risco de contaminação por Salmonella aumenta significativamente após o vencimento, mesmo que o ovo não apresente odor ou aparência alterada.
Já os sucos naturais refrigerados, especialmente os sem conservantes, são altamente perecíveis. Após a data de validade, eles podem fermentar e acumular bactérias perigosas, mesmo se a embalagem estiver lacrada. O consumo pode causar desde desconfortos gastrointestinais até infecções mais sérias.
As comidas prontas refrigeradas, como saladas embaladas e refeições prontas, também não devem ser consumidas após o vencimento. Por não passarem por processos de cocção após a embalagem, qualquer alteração microbiológica pode representar um risco real. E como o prazo desses produtos costuma ser curto, é preciso ficar atento ao rótulo antes de levar à boca.
Queijos moles e o alerta sobre “consumo preferencial”
Por fim, os queijos moles, como brie e camembert, entram na lista por conta do alto teor de umidade. Após o vencimento, eles se tornam ambiente ideal para a proliferação de bactérias. Mesmo que estejam com textura e cheiro aparentemente normais, o risco de intoxicação é alto.
Vale lembrar que existe diferença entre “data de validade” e “consumo preferencial”. A primeira indica segurança para consumo; a segunda, apenas qualidade sensorial. Para os alimentos citados acima, respeitar a validade é fundamental — não é exagero, é prevenção.
Campanhas de conscientização sobre o prazo de validade de alimentos são recomendadas, especialmente em países quentes como o Brasil. Afinal, o calor acelera a deterioração e aumenta o risco de contaminação. E como diz o ditado: melhor prevenir do que remediar —principalmente quando o remédio pode vir depois de uma intoxicação alimentar.