Celebridade
‘Pode causar uma crise de identidade’

Para CARAS Brasil, médica explica os desafios psicológicos e físicos por trás da decisão de Kerline Cardoso, que esperou dois anos para operar
Após dois anos de espera e planejamento, a influenciadora e ex-BBB Kerline Cardoso (33) finalmente realizou a rinoplastia que tanto desejava. O anúncio foi feito em suas redes sociais, onde apareceu com curativos e demonstrando entusiasmo com a nova fase.
Mas será que é comum demorar tanto tempo para decidir por uma cirurgia como essa? A CARAS Brasil conversou com a cirurgiã plástica Heloise Manfrim para entender os aspectos físicos e emocionais por trás dessa decisão.
“O primeiro capítulo da rinoplastia é a saúde mental”
Segundo a médica, é absolutamente compreensível que uma pessoa leve anos até se sentir preparada para esse tipo de procedimento: “A rinoplastia é uma das poucas cirurgias que necessitam de uma avaliação e de uma estratégia de conscientização do próprio paciente em relação ao procedimento”, explica Heloise.
“Tanto é que a gente já brinca: aqui no capítulo de rinoplastia, o primeiro capítulo fala sobre a saúde mental, porque a pessoa tem que estar preparada”, reforça.
A profissional destaca que a cirurgia mexe diretamente com a identidade visual da pessoa — o que pode gerar inseguranças logo após o procedimento:“É uma cirurgia que vai envolver mudanças faciais e que pode, num primeiro momento, até causar uma crise de identidade para os pacientes”, aponta.
“É importante que haja, sim, uma alteração anatômica que justifique a cirurgia e que ela compreenda que vai passar por um processo de dois anos de edema, que vai alterar um pouco a fisionomia dela ou dele, até que se enxergue da forma como deveria ser“, completa.
Pós-operatório exige paciência e cuidado
Kerline revelou que pretende compartilhar com o público os bastidores da recuperação. Para garantir um bom resultado, a médica explica que os primeiros 30 dias exigem atenção redobrada.
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“Os cuidados em relação à rinoplastia no pós-operatório, principalmente nos primeiros 30 dias, estão em evitar exposição solar e não usar nada que se apoie no nariz, estruturas como óculos, por exemplo”, alerta a especialista.
“Fora isso, tem que se preocupar em não bater, evitar pequenos traumas, principalmente ao dormir, e esses movimentos bruscos de academia, por exemplo. Nos primeiros 15 dias, a gente evita a academia. Depois, o cuidado é para evitar pequenos traumas”, completa.
Harmonização anterior pode influenciar no resultado?
Kerline reverteu recentemente uma harmonização facial feita em 2019, antes de realizar a rinoplastia. Segundo a cirurgiã, esse histórico é relevante: “O histórico de preenchimentos pode, muitas vezes, evitar uma cirurgia, porque a gente pode ter um efeito de rinoplastia não definitiva com o próprio uso do preenchedor”, explica.
“Muitas vezes, até associado, a gente vai indicar, porque conseguimos harmonizar nariz com queixo, que é uma das coisas mais interessantes que a gente tem hoje na harmonização: essa linha entre nariz e queixo tem que estar harmônica”, acrescenta.
Heloise também alerta para um equívoco comum entre pacientes: “A paciente vê na rinoplastia a salvação dos problemas dela, mas, na verdade, é falta de queixo. E quando entra a projeção do queixo com preenchedor, muitas vezes o resultado já aparece e a rinoplastia acaba sendo compreendida”, finaliza.