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Novo tratamento recupera audição de surdos em menos de 30 dias

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Um estudo recente trouxe esperança para pessoas com surdez hereditária ao revelar uma técnica inovadora capaz de restaurar a audição em menos de um mês.

Diferente de aparelhos auditivos ou implantes cocleares, a novidade é uma terapia genética aplicada por injeção diretamente no ouvido.

Ainda em fase experimental, o tratamento não está disponível ao público, pois os pesquisadores continuam avaliando sua segurança e eficácia em longo prazo, mas já revela novas possibilidades para muitos.

Novo tratamento recupera audição de surdos em menos de 30 dias

A pesquisa investigou o uso de vetores virais para transportar uma versão saudável do gene OTOF até as células do ouvido interno.

Esse gene é responsável por produzir a otoferlina, uma proteína essencial para transformar as vibrações sonoras em sinais elétricos que o cérebro consegue interpretar.

Em pessoas com mutações no OTOF, essa conversão de som em sinal elétrico não acontece, resultando em surdez desde o nascimento.

Para testar a técnica, dez pacientes com idades entre 1 e 24 anos, todos com deficiência auditiva causada por mutações no gene OTOF, receberam a injeção no ouvido interno.

Os primeiros sinais de melhora começaram a surgir em menos de 30 dias após o procedimento. Seis meses depois, a média de audição dos participantes saltou de 106 decibéis, equivalente ao barulho de uma moto, para 52 decibéis, que é o nível de uma conversa normal.

As crianças menores, especialmente entre 5 e 8 anos, responderam de forma ainda mais expressiva ao tratamento.

Um dos casos mais simbólicos foi o de uma menina de 7 anos que, quatro meses após a terapia, conseguiu conversar com a mãe sem a necessidade de aparelhos.

Tratamento para surdos está em fase de testes, e por isso ainda não está disponível

Apesar dos resultados promissores, os cientistas alertam que o tratamento ainda está em estágio experimental.

A terapia foi bem tolerada, sem efeitos colaterais graves. A única reação adversa observada foi uma queda temporária nos níveis de neutrófilos, células de defesa do organismo.

Os pesquisadores seguem acompanhando os pacientes por até um ano para verificar se a melhora auditiva é duradoura.

Além disso, a equipe já trabalha para expandir a técnica para outras formas de surdez genética, incluindo mutações nos genes GJB2 e TMC1.

Embora o caminho até a aprovação clínica seja longo, os resultados iniciais reforçam a perspectiva de um futuro em que terapias genéticas possam reverter casos de surdez que hoje são considerados irreversíveis.



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