Celebridade
Lucas Buda perde mais de 10 kg em 15 dias e médico alerta: ‘Pode ser ilusória’

Em entrevista à CARAS Brasil, especialista analisa os riscos por trás da perda de peso acelerada do ex-BBB Lucas Buda e faz alertas importantes
O ex-BBB e professor de educação física Lucas Buda (31) surpreendeu seus seguidores ao exibir nas redes sociais uma transformação corporal radical. Em apenas 15 dias, ele afirma ter eliminado mais de 10 quilos, resultado de treinos adaptados, uso de medicamentos e mudanças na alimentação.
A decisão veio após enfrentar dificuldades em tarefas básicas do cotidiano e receber críticas sobre sua aparência. Mas uma perda de peso tão expressiva em tão pouco tempo é realmente saudável? Para esclarecer os riscos desse tipo de emagrecimento acelerado, a CARAS Brasil ouviu o médico João Branco, especialista em performance física e emagrecimento.
Perder 10 kg em 15 dias é seguro?
De acordo com o médico, o impacto de uma transformação tão rápida depende do tipo de perda envolvida: “Primeiro ponto é a perda de 10 quilos em 15 dias. A gente tem que avaliar o seguinte: essa foi uma perda proveitosa para a saúde? O que é uma perda proveitosa? É aquela que representa a eliminação de gordura, e não de massa muscular ou líquidos.”
O especialista também alerta para o efeito sanfona, muito comum em dietas radicais: “O risco desse emagrecimento, que é muito súbito, abrupto e rápido, é o efeito sanfona. A gente sabe que atitudes muito drásticas não são sustentáveis ao longo do tempo, então essa perda pode ser ilusória de líquido e músculo e não ser sustentada a longo prazo.”
Medicamentos para emagrecer: quando são indicados?
Buda revelou que contou com acompanhamento profissional durante o processo, incluindo o uso de medicamentos para auxiliar no emagrecimento. Segundo o médico, essa conduta só deve ocorrer sob orientação:
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“Todo tratamento medicamentoso para perda de peso tem que ser acompanhado por um médico ou uma equipe multidisciplinar, ou ambos. Quando há treino, uma balança calórica negativa, mas tudo monitorado e com avaliação de como está sendo essa perda, isso sempre é importante para manter um padrão focado na saúde.”
Ele faz um alerta importante para quem tenta seguir esse caminho sem supervisão médica: “O perigo está no uso da medicação sem orientação médica. Principalmente porque, em geral, as medicações para perda de peso são controladas. Quando a pessoa faz uso sem receituário, sem receita médica apropriada, ela recorre ao câmbio negro, à indicação de amigos, àquelas medicações que vêm do underground. E esse é um risco real para a saúde.”
E os sinais de alerta?
O ex-brother também relatou que, antes da transformação, enfrentava dificuldades até para realizar tarefas simples do dia a dia, um sinal importante de que a saúde já estava comprometida. Segundo o especialista, esse tipo de sintoma deve servir como um alerta para buscar ajuda médica antes mesmo de iniciar qualquer plano de emagrecimento:
“Na realidade, a gente sabe que a obesidade é uma doença de caráter multifatorial, crônica, e que não existe uma terapia única e exclusiva, como um antibiótico que mata uma bactéria. Então, é importante entender que a obesidade pode acarretar até 229 outras doenças, chamadas de doenças crônicas não transmissíveis, que na maioria das vezes são silenciosas, como diabetes, hipertensão e alterações cardiovasculares. Quando essas doenças dão sinais, a pessoa já pode ter desenvolvido o quadro por completo, o que pode acarretar falência de órgãos e sistemas. O importante é saber que, ao estar em sobrepeso, você já é um candidato a desenvolver doenças silenciosas.”
O combate à obesidade deve ser preventivo
Finalizando, o médico reforça que a obesidade exige controle constante, e não soluções milagrosas: “Por isso, a preocupação deve ser sempre agir de forma preventiva. Prevenir é sempre melhor do que medicalizar, especialmente diante de algo com o qual você terá que lidar para o resto da vida. A obesidade é uma doença que tem controle, mas não cura. Mudar esse paradigma é fundamental. Não existe um remédio que seja o ‘salvador da pátria’. O importante é manter o controle a longo prazo.”