Objeto misterioso que atravessa o espaço é maior do que os cientistas pensavam

Imagens inéditas capturadas pelo Observatório Vera C. Rubin, localizado nos Andes chilenos, revelaram detalhes surpreendentes sobre o tamanho do cometa interestelar 3I/ATLAS, um cometa “visitante” no sistema solar da terra.

Cientistas descobriram que ele possui 11,2 quilômetros de diâmetro, ganhando o título de maior e mais antigo objeto interestelar já registrado pela ciência.

O que é o 3I/ATLAS, cometa que segue rumo ao Sol

As imagens foram feitas no dia 21 de junho, dez dias antes da descoberta oficial do cometa, anunciada em 1º de julho. Essa descoberta reforça o potencial do novo telescópio, que ainda está em fase de preparação para sua missão oficial.

Isso mostra a capacidade do observatório de detectar visitantes cósmicos que cruzam nosso sistema solar em alta velocidade — o 3I/ATLAS, por exemplo, viaja a mais de 210 mil km/h em direção ao Sol.

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Antes, os cientistas sabiam apenas que a coma do cometa — a nuvem de poeira, gelo e gás que envolve seu núcleo — podia atingir até 24 quilômetros de largura. Contudo, o tamanho exato do núcleo permanecia um mistério.

A análise recente dos dados do Vera C. Rubin estimou o raio do núcleo em cerca de 5,6 km, totalizando um diâmetro aproximado de 11,2 km, com margem de erro de 0,7 km.

Assim, o 3I/ATLAS supera em tamanho os únicos outros dois objetos interestelares confirmados: o asteroide ‘Oumuamua, com cerca de 0,4 km, e o cometa 2I/Borisov, com núcleo de 1 km.

Simulações indicam que o 3I/ATLAS pode ter se formado até 3 bilhões de anos antes da Terra, o que o tornaria o cometa mais antigo já registrado. Sua composição natural — grande quantidade de gelo de água e poeira — descarta teorias controversas sobre origem artificial, como sondas alienígenas.

Com sua missão de dez anos, o Vera C. Rubin promete detectar até 50 novos objetos interestelares e ampliar o conhecimento sobre esses fenômenos cósmicos raros.