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Música

O álbum dos Beatles que mudou o jeito de Ringo Starr tocar bateria

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Até 1965, os Beatles apresentaram um crescimento gradual de qualidade, compatível com uma típica banda em ascensão, e exponencial em termos de popularidade, muito acima da média para os padrões do rock até então.

No ano seguinte, porém, a segunda curva se alterou e também deu uma guinada impressionante. Foi quando saiu o álbum Revolver, representando um salto qualitativo sem precedentes na história da música pop.

É verdade que o antecessor Rubber Soul (1965) já havia dado indícios consistentes do que estava por vir. Todavia, Revolver foi o o grande divisor de águas no sentido de transformar meros discos de rock em verdadeiras obras-primas.

Beatles em 1966
Beatles em 1966 – Foto: Chris Walter / Getty Images

Com o sétimo trabalho de sua carreira, o Fab Four revolucionou em todas as frentes, desde a composição até às técnicas de gravação, passando pela variedade de estilos e o conteúdo lírico das canções.

Até mesmo a bateria de Ringo Starr deu uma escalada em termos de possibilidades, e ele próprio reconhece isso. Antes tido como um instrumentista relativamente protocolar cuja batida muitas vezes ficava em segundo plano, apenas marcando o tempo, ele também apresenta suas credenciais em Revolver.

Ringo Starr, baterista dos Beatles, em 1966
Ringo Starr, baterista dos Beatles, em 1966 – Foto: Hulton Archive / Getty Images

Em entrevista à Goldmine (via Far Out), Ringo comentou a respeito da nova abordagem percussiva da banda, com maior impacto e uma sonoridade mais autoral:

“Acho que decidimos que finalmente podíamos ouvir o bumbo em nossos discos. Se você ouvir os primeiros, não há sinal do bumbo, assim como da caixa e dos pratos. Então, as gravações foram melhorando, e você tocava de forma diferente porque conseguia ouvi-lo.”

As músicas que mostram um Ringo Starr diferente

Uma das provas disso em Revolver é a música “Rain”, que acabou não entrando no repertório regular de Revolverporque foi escolhida como lado B do single “Paperback Writer”, mas que captura com precisão a nova forma, mais contundente, de Ringo tocar.

A batida marcial de “Got To Get You Into My Life” e o groove lisérgico de “Tomorrow Never Knows” também são bons demonstrativos do crescimento de Ringo como importante baterista em uma banda repleta de gênios.

Beatles após Revolver

Nos anos posteriores, os Beatles iriam ainda mais fundo no experimentalismo, na psicodelia e na construção de camadas e texturas, mas nada disso seria possível sem a inovação introduzida por Revolver. Incluindo o novo jeito de Ringo Starr tocar bateria.

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