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Suspeito de assassinar de Tupac Shakur entra com recurso para rejeitar acusações

O homem acusado de matar Tupac Shakur em 1996 recorreu à Suprema Corte de Nevada, nos Estados Unidos, para rejeitar as acusações de homicídio contra ele. O atirador entrou com o recurso na terça-feira, 29, depois que um juiz de instância inferior confirmou as acusações em janeiro.
Duane “Keffe D” Davis é acusado de homicídio em primeiro grau por seu suposto papel na morte a tiros de Tupac. Ele se declarou inocente e está detido sem direito à fiança desde a prisão em setembro de 2023. Em março, Keffe D disse à ABC News: “Sou inocente. Não matei ninguém, nunca matei ninguém.” Embora Davis tenha negado as acusações, ele também pareceu se incriminar no livro de memórias Compton Street Legend, onde descreveu, com detalhes, as circunstâncias e seu papel no assassinato de do artista.
Seu advogado, Carl Arnold, alegou que os direitos constitucionais de Davis foram violados. “O Sr. Davis cooperou com as autoridades policiais por mais de uma década, confiando em repetidas garantias de que suas declarações não seriam usadas contra ele — mas essas mesmas declarações agora constituem o cerne do caso”, disse em um comunicado.
Em sua primeira moção para rejeitar o pedido, em janeiro, Arnold alegou que os direitos de Davis foram violados devido ao atraso de 27 anos no processo, e que o homem recebeu acordos de imunidade. O juiz do tribunal distrital negou o recurso, alegando que ele não havia fornecido provas dos acordos de imunidade e que o tempo que levou para o processo não foi intencional.
De acordo com o processo obtido pela Rolling Stone, Keffe D foi entrevistado várias vezes, em 1998 e 1999 por promotores federais e novamente em 2008 e 2009, supostamente sob um acordo de imunidade de que suas declarações não seriam usadas contra ele para a acusação. Nas primeiras entrevistas, ele negou conhecimento de indivíduos envolvidos no assassinato de Tupac. Posteriormente, Davis então observou seu “suposto envolvimento no assassinato e identificou o suposto atirador”, de acordo com o recurso. Arnold argumentou que, como os promotores não apresentaram evidências conectando Davis ao assassinato de Shakur além de suas próprias declarações, não foi suficiente para um julgamento.
Os promotores alegaram que Davis orquestrou o assassinato de Tupac e forneceu a arma usada no tiroteio. As autoridades alegaram que o assassinato foi uma retaliação a uma briga física entre o artista e o sobrinho de Davis, Orlando Anderson, após uma confusão com Mike Tyson, ocorrida horas antes de Shakur ser baleado.
O julgamento de Davis foi adiado para 2026 depois que seus advogados entraram com uma moção, citando a necessidade de novas testemunhas e mais investigação, que foi rejeitada. Seu julgamento está agora marcado para começar em fevereiro de 2026.
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