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País anuncia produção de mais de 100 mil robôs para bater de frente com a China

Os Estados Unidos estão intensificando seus esforços no desenvolvimento de robôs humanoides, uma ação estratégica que visa fabricar cerca de 100 mil unidades nos próximos quatro anos.
A Figure AI, empresa americana de tecnologia, lidera esse plano para competir diretamente com a China, que atualmente domina a corrida tecnológica com robôs desse tipo.
A empresa anunciou, em fevereiro, uma parceria com um conglomerado americano de prestígio, cuja identidade não foi revelada, para impulsionar a produção e reduzir os custos.
Motivações da colaboração
Essa colaboração busca colocar os Estados Unidos em posição de reconquistar a liderança no setor de robótica. Enquanto isso, a China, com sua empresa Zhiyuan Robotics, continua avançando, já com robôs humanoides em utilização pública.
No entanto, a verdadeira força da estratégia dos EUA está na diversidade de aplicações previstas para esses robôs, capazes de revolucionar a forma como as tarefas são realizadas tanto no âmbito doméstico quanto industrial.
Inovações da Figure AI
A Figure AI já desenvolveu duas versões desses robôs humanoides. A primeira, Figure 01, visa atender setores de logística e armazém com sua capacidade bípede.
Já a mais recente, Figure 02, conta com melhorias significativas, incluindo câmeras integradas e alta capacidade de locomoção, prometendo avanços no manuseio de cargas e operações em ambientes diversos. Essas inovações são movidas por inteligência artificial avançada, removendo a necessidade de codificação manual para cada tarefa.
Os planejamentos para a próxima geração de robôs estão em andamento, com a produção em massa prevista para começar em 2027. Essa tecnologia emergente tem gerado grande expectativa em relação às mudanças que pode trazer para setores econômicos e de serviços.
Conquistas atuais da China
Por outro lado, o progresso da China na robótica não pode ser subestimado. O robô Walker S2, da empresa UBTech Robotics, é a prova do avanço tecnológico já alcançado.
Trata-se de um robô completamente autônomo, capaz de autogerenciar sua energia, uma façanha que demonstra a capacidade da China de inovar no gerenciamento de recursos energéticos para autômatos.
O governo chinês complementa esse cenário com suporte significativo e uma cadeia de fornecedores bem estruturada, permitindo preços competitivos e expansão contínua na produção de robôs humanoides. A presença robusta no mercado global é assegurada por uma estratégia bem definida para dominar as vendas e operações em larga escala.
Disputa tecnológica
A competição EUA-China em robótica humanoide é uma das mais significativas do cenário tecnológico atual. Empresas americanas, como Tesla e Nvidia, estão intensificando seus esforços para acompanhar a rápida evolução chinesa.
Previsões indicam que as vendas globais de robôs humanoides devem alcançar números expressivos em breve, gerando efeitos profundos para a economia global. Segundo a Macquarie, o mercado poderá alcançar US$ 139 bilhões até 2035, com um crescimento de 50% ao ano a partir de 2026.