Celebridade
Tati Machado desabafa sobre afastamento da TV e médica explica: ‘A dor não some’

Tati Machado revelou quando deve voltar oficialmente ao trabalho. A apresentadora está afastada após perder o bebê, Rael, na reta final da gestação
A apresentadora Tati Machado (33) reapareceu no Mais Você nesta segunda-feira, 28, após dois meses afastada por conta da perda de seu bebê, Rael, aos oito meses de gestação. Durante o papo com Ana Maria Braga, ela contou quando deve retomar oficialmente ao trabalho, já que está de licença-maternidade.
Com isso, Tati Machado só pode retornar ao trabalho em setembro. Apesar da perda do filho, ela continua amparada pelo período de licença previsto por lei. “Eu quero voltar. A gente tem uma licença, que é lei”, afirmou. Segundo a apresentadora, o afastamento é de 120 dias.
O que diz a ginecologista?
Para entender mais sobre o assunto, a CARAS Brasil entrevista a Dra. Ana Paula Fonseca, médica ginecologista e especialista no tratamento de distúrbios menstruais, miomas, síndrome dos ovários policísticos (SOP), que responde.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a perda gestacional após 20 semanas é chamada de óbito fetal, morte fetal intrauterina. Atualmente, a lei brasileira assegura à mulher um afastamento de 120 dias após o parto, mesmo nos casos em que o bebê não sobrevive. Mas, para Dra. Ana Paula, o luto vai muito além desse período.
“Quatro meses não são suficientes para processar uma perda tão profunda. O luto é um processo individual, sem data de validade. A dor não some quando o prazo da licença termina, e é comum que ela até se intensifique na hora de voltar à rotina”, declara.
‘Não acaba em 120 dias’
Muito querida pelo público, a entrevista de Tati Machado ao Fantástico tocou os telespectadores. Em suas falas, ela reforçou o respeito que vem recebendo e falou do tempo necessário para se recuperar. Segundo a Dra. Ana Paula, a apresentadora é um exemplo importante.
“Quando figuras públicas como Tati validam esse processo, elas dão voz a milhares de mulheres que passam pelo mesmo, em silêncio. O puerpério sem bebê existe. O luto não acaba em 120 dias. E está tudo bem em precisar de mais tempo para voltar. Mesmo quando o bebê não vem para casa, existe uma mãe que precisa ser cuidada. O puerpério é real. O luto é legítimo. E o tempo, essencial”, finaliza a ginecologista ao analisar casos como da jornalista Tati Machado.
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