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Brasil sobe em ranking de passaportes mais poderosos do mundo

Viajar pelo mundo sem se preocupar com vistos é um privilégio que poucos documentos oferecem. E o passaporte brasileiro continua sendo um dos que mais abrem portas no mundo. Em 2025, ele garantiu acesso sem visto a 170 destinos, colocando o Brasil na 16ª posição do Henley Passport Index –duas posições acima em relação a 2024.
Esse avanço é significativo, especialmente considerando que o ranking avalia 199 passaportes e 227 destinos com base em dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês). A pontuação reflete a liberdade de mobilidade que cada cidadão tem ao cruzar fronteiras sem burocracia.
O Brasil divide essa colocação com Argentina e San Marino, ficando atrás apenas do Chile, que lidera na América do Sul com acesso a 176 países. Ou seja, o passaporte brasileiro é o segundo mais poderoso da região, reforçando sua relevância no cenário internacional.
Singapura lidera o ranking dos passaportes mais poderosos do mundo
No topo da lista está Singapura, com acesso livre a 193 destinos. O país asiático mantém sua liderança graças a acordos diplomáticos sólidos e políticas de abertura. Em segundo lugar, Japão e Coreia do Sul dividem a posição com 190 destinos sem exigência de visto.
A Europa também marca presença forte no ranking. Sete países da União Europeia — como França, Alemanha, Itália e Espanha — ocupam a terceira colocação, com acesso a 189 destinos. Já na quarta posição, aparecem Portugal, Suécia, Noruega e outros, com 188 destinos liberados.
América Latina em destaque com Brasil, Argentina e Chile
A presença de três países sul-americanos no Top 20 mostra que a região tem avançado em termos de mobilidade internacional. O Chile, com 176 pontos, lidera entre os latino-americanos. O Brasil e a Argentina, com 170 pontos, dividem a vice-liderança regional.
Esse desempenho é resultado de acordos bilaterais, participação ativa em organismos internacionais e uma política externa voltada à facilitação de viagens. Para os brasileiros, isso significa mais liberdade para explorar o mundo sem enfrentar filas de consulados.
O ranking da Henley Passport Index não apenas mostra quem está no topo, mas também revela tendências importantes. Nos últimos dez anos, mais de 80 passaportes subiram pelo menos 10 posições, e a média global de destinos acessíveis sem visto quase dobrou —de 58 em 2006 para 109 em 2025.
Países como os Emirados Árabes Unidos e a China são exemplos de crescimento acelerado. Os Emirados subiram 34 posições em uma década, entrando no Top 10. A China também avançou 34 posições, chegando à 60ª colocação, graças à flexibilização de seu regime de vistos.
Quedas e avanços: Reino Unido e EUA perdem força
Nem tudo são flores para os tradicionais líderes. Reino Unido e Estados Unidos, que já ocuparam o topo do ranking em 2015 e 2014, respectivamente, caíram uma posição desde janeiro. Hoje, estão na 6ª e 10ª colocação respectivamente, refletindo uma tendência de políticas mais restritivas e menor reciprocidade diplomática.
Enquanto isso, países como Índia e Arábia Saudita mostram crescimento. A Índia subiu oito posições em seis meses, e a Arábia Saudita ganhou acesso a quatro novos destinos, subindo quatro posições no ranking.
O que torna um passaporte poderoso?
A força de um passaporte está diretamente ligada à liberdade de mobilidade que ele oferece. Quanto mais destinos um cidadão pode visitar sem visto, mais poderoso é o documento. Mas há outros fatores em jogo: relações diplomáticas, estabilidade política, segurança e confiança internacional também influenciam.
No caso do Brasil, apesar dos desafios internos e externos, o país mantém uma boa reputação global, o que contribui para a manutenção e até o avanço no ranking. E isso é uma boa notícia para quem ama viajar.