Celebridade
‘Tudo contribui para o sucesso’

Em entrevista à CARAS Brasil, especialistas analisam o caso da atriz Drica Moraes e revelam os avanços que hoje aumentam as chances de cura no Brasil
Drica Moraes usou as redes sociais para relembrar um momento decisivo de sua vida: o transplante de medula óssea realizado há 15 anos. A atriz, que enfrentou a leucemia mieloide aguda em 2009, compartilhou registros da época e prestou uma homenagem comovente ao seu doador, Adilson Rodrigues, a quem se refere como seu “sétimo irmão”.
A história da atriz, marcada pela esperança diante de uma chance de apenas 20% de cura, ainda inspira milhares de pessoas e levanta um debate fundamental sobre o papel do emocional e da solidariedade no enfrentamento do câncer. Para analisar esse cenário, a CARAS Brasilconversou com os médicosElge Werneck, oncologista, e Alessandra Akemi Kawassaki Johann, hematologista.
Ser doador é mais simples do que parece
Segundo os especialistas, a falta de informação ainda é um dos grandes obstáculos para o aumento no número de doadores de medula óssea no Brasil.
“Qualquer pessoa que tenha entre 18 e 35 anos de idade pode se cadastrar como doador de medula óssea. O cadastro envolve uma coleta de sangue simples, onde serão mapeadas as características genéticas daquela pessoa. Essas características envolvem um conjunto de genes. Quando duas pessoas têm genes semelhantes, são chamadas de compatíveis. Assim, um pode doar medula óssea para o outro. Apesar de simples, não é fácil encontrar doadores compatíveis justamente porque esse conjunto de genes é altamente variável. Por isso, a doação de medula óssea salva vidas!”, explicaram.
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O doador de Drica, Adilson, foi encontrado graças ao banco nacional de dados genéticos. Um gesto anônimo que virou laço eterno: hoje, os dois são amigos próximos.
O que mudou nesses 15 anos?
Drica sempre falou abertamente sobre a importância da esperança durante o tratamento. Mesmo com apenas 20% de chance de cura, manteve o foco na recuperação — um exemplo claro de como o psicológico pode impactar os resultados.
“O quesito psicológico é essencial para a tolerância ao tratamento todo que, muitas vezes, é pesado, difícil e sujeito a complicações muito graves. Logo, o atendimento psicológico e o apoio emocional de familiares e amigos é essencial”, explicaram os médicos.
E o que mudou desde então? Bastante, segundo os especialistas: “A medicina está evoluindo constantemente e caminha para a individualização dos tratamentos. O que nos traz inspiração diariamente. Hoje temos melhores exames de diagnóstico. Diagnósticos cada vez mais precisos. Além de tratamentos melhores direcionados. Tudo isso junto contribui para o sucesso terapêutico”, destacaram.
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Quem é Drica Moraes?
Adriana Moraes Rêgo Reis, mais conhecida como Drica Moraes, nasceu no Rio de Janeiro em 29 de julho de 1969 e é uma atriz brasileira premiada, com trajetória consolidada no teatro, na TV e no cinema.Com forte formação desde os 12 anos na tradicional Escola de Teatro O Tablado e participação em torno de 30 espetáculos pela Cia dos Atores, da qual foi cofundadora e manteve atuação por mais de duas décadas, ela construiu uma base sólida na dramaturgia nacional.
Na televisão, estreou ainda jovem, aos 17 anos, em um episódio do seriado Teletema (1986), e ganhou notoriedade interpretando a simpática empregada Cida na novela Top Model (1989). Desde então, despontou em papéis marcantes em novelas como Quatro por Quatro (1994), Xica da Silva (1996), onde viveu a vilã Violante e conquistou o prêmio APCA, além de personagens icônicos em Era Uma Vez… (1998), O Cravo e a Rosa (2000), Chocolate com Pimenta (2003), Alma Gêmea (2005), Império (2014) – na trama que precisou se afastar por questões de saúde – e Verdades Secretas (2015). Mais recentemente, atuou em novelas como Travessia (2022) e Volta por Cima (2024).