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Rodrigo Marcelos explica que viver com dor não é normal

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Neurocirurgião com foco em dor crônica, ele atua com técnicas minimamente invasivas e cuidado baseado na realidade de cada paciente

Sentir dor todos os dias não é normal. Mas para muitos, essa experiência já virou rotina. Viver com dor crônica compromete o sono, a disposição, a saúde emocional e, sobretudo, a autonomia. É com base nesse olhar que o neurocirurgião Rodrigo Teixeira Marcelos atua com foco em medicina da dor, área que exige escuta ativa, rigor técnico e sensibilidade clínica. Atuando em Criciúma (SC), ele trabalha com abordagens que vão de orientações clínicas a técnicas como bloqueios guiados por imagem e neuromodulação, recursos utilizados para aliviar a dor com menor impacto na rotina, sempre com foco em minimizar o impacto da dor na vida do paciente.

“Quem tem dor tem pressa, mas também precisa de acolhimento e direção. Nem sempre a solução está em um botão mágico. Muitas vezes, ela começa por uma mudança de dentro pra fora”, afirma o médico, que integra a equipe da Aura Neurologia e atende também no Hospital São José, referência regional no sul catarinense.

Do Rio ao Sul de Santa Catarina: uma escolha por qualidade de vida

Carioca de nascimento, Rodrigo trocou a rotina acelerada do Rio de Janeiro por um estilo de vida mais tranquilo no Sul. Desde 2018 em Santa Catarina, e fixado em Criciúma desde 2023, ele encontrou na cidade acolhimento para sua vida pessoal e espaço para ampliar sua missão profissional. “A mudança foi motivada por uma busca por equilíbrio. Estar em um lugar onde posso cuidar dos outros sem abrir mão da minha família e da minha saúde mental foi determinante”, compartilha.

A decisão de seguir a neurocirurgia surgiu ainda na faculdade, durante os plantões no hospital-escola. Um convite inesperado de um neurocirurgião plantonista para auxiliá-lo em uma cirurgia foi decisivo. “Aquilo virou a chave. Entendi que era ali que eu queria estar: lidando com complexidade, com decisões que exigem precisão, mas também com a chance real de mudar vidas”, relembra.

Especialista em dor, com foco no que não pode ser ignorado

A dor crônica não se resume a um sintoma. Ela é um fenômeno multidimensional, que envolve contexto social, histórico de vida e condições emocionais. “Segundo a IASP, dor é sempre uma experiência sensorial e emocional. Ou seja, vai muito além do físico. Por isso, a primeira pergunta que faço no consultório não é onde dói, mas como a dor interfere no seu dia”, explica.

Essa abordagem personalizada envolve tempo, escuta e um plano terapêutico construído com o paciente — e não para ele. “É comum que as pessoas cheguem emocionalmente esgotadas ou frustradas com tentativas anteriores. Por isso, o primeiro passo é oferecer confiança. Não há atalhos, mas há caminhos”, destaca.

Bloqueios, radiofrequência e neuromodulação: recursos que aliviam

Entre os principais procedimentos realizados por Rodrigo estão os bloqueios de dor, radiofrequência e neuromodulação, todos com técnicas minimamente invasivas. Os bloqueios consistem em aplicar medicação diretamente nos nervos responsáveis pela dor, com precisão guiada por ultrassom. “É como desligar o interruptor da dor. A pessoa que antes mal caminhava, volta a ter liberdade de movimento. Às vezes, com uma simples infiltração”, detalha.

Quando os bloqueios são insuficientes, a radiofrequência pode ser utilizada. A técnica desativa seletivamente fibras nervosas com calor controlado. Já em casos refratários, o uso de neuromoduladores implantados — pequenos eletrodos que funcionam como marcapassos — permite reprogramar a forma como o cérebro interpreta a dor. “É um processo sofisticado, mas reversível. E o mais importante: devolve funcionalidade com segurança”, reforça.

Diagnóstico não é sentença: tumores e hidrocefalia exigem olhar responsável

Além do tratamento da dor, Rodrigo também atua em neurocirurgia geral, com ênfase no manejo de tumores cerebrais e hidrocefalias. Nestes casos, o desafio é equilibrar a complexidade técnica com o cuidado emocional. “Receber um diagnóstico de tumor assusta, mas nem sempre é sinônimo de urgência. Muitos casos são benignos e podem ser apenas acompanhados. O fundamental é investigar com seriedade e não tomar decisões precipitadas”, pontua.

Na hidrocefalia de pressão normal, condição que afeta principalmente idosos, os sinais costumam ser discretos: alterações na marcha, incontinência urinária e falhas de memória. “É uma das causas de demência potencialmente reversível. A cirurgia de drenagem pode transformar a qualidade de vida do paciente. Mas é preciso olhar com atenção e não atribuir tudo à idade”, alerta.

Humanização que começa pela escuta e se estende ao gesto

No centro da prática do neurocirurgião está uma escuta que acolhe, mas também orienta. “Não prometo milagres. O que ofereço é comprometimento, ética e uma construção conjunta. A medicina da dor exige isso: tratar a pessoa, não só o nervo”, afirma.

Essa filosofia é partilhada por toda a equipe da Aura Neurologia, composta por neurocirurgiões e neurologistas que atuam de forma integrada. “Temos um cuidado técnico muito forte, mas não abrimos mão do olhar humano. Hoje, vemos a medicina se tornando cada vez mais tecnológica, mas nossa premissa é que o paciente precisa ser visto em sua totalidade”, explica.

Saúde começa pelo básico — e retorna para ele

Embora ofereça procedimentos de ponta, Rodrigo enfatiza que o tratamento da dor começa por mudanças simples, mas fundamentais. “Antes de pensar em bloqueio, é preciso garantir que o paciente esteja se alimentando bem, se movimentando e dormindo de forma adequada. A medicina da dor não sobrevive sem o básico”, comenta.

Segundo ele, um dos maiores desafios é promover a adesão a novos hábitos. “A maioria das pessoas sabe o que precisa fazer, mas tem dificuldade de começar. Por isso, insistimos em orientar sobre atividade física, nutrição e qualidade de sono. Às vezes, é isso que vai fazer mais diferença que qualquer intervenção”, afirma.

Redes sociais como canal de escuta e informação

Com presença digital ativa, Rodrigo enxerga as redes sociais como uma extensão do consultório. “É onde consigo explicar com clareza o que é dor, como tratar, quando suspeitar de algo mais sério. E muitas vezes, é por ali que as pessoas se sentem seguras para dar o primeiro passo”, diz.

Entre os temas mais abordados estão os mitos sobre cirurgia de coluna, as diferenças entre enxaqueca e neuralgia occipital e os sinais silenciosos da dor crônica. “Muita gente vive com dor por anos sem saber que existe tratamento. Mostrar essas possibilidades é parte do nosso compromisso com a saúde pública”, afirma.

Planos futuros

Quando questionado sobre o futuro, Rodrigo é direto: “Quero continuar a boa luta. Expandir o acesso aos tratamentos da dor, manter a prática ética e aprofundar meu foco nesse campo que ainda é pouco compreendido, mas urgente. Tudo isso com os pés no chão e o olhar voltado para o que realmente importa: o alívio de quem sofre.”

Para o neurocirurgião, a eficácia de um tratamento precisa do comprometido do médico e do paciente. “É preciso caminhar junto. Não é só o que eu posso oferecer, é também o quanto o paciente está disposto a mudar. Essa parceria é o verdadeiro início da cura.”

CRM 25781 | RQE 16371

Instagram: @rodrigom.neurocirurgiao

O conteúdo dessa publicação é de responsabilidade da TV Notícias Assessoria de Imprensa / Brasil News

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