Connect with us

Celebridade

Psiquiatra esclarece diagnóstico raro de Theodoro Cochrane: ‘Não é frescura’

Published

on

Após revelação do ator Theodoro Cochrane, especialista explica os sintomas do transtorno e orienta como amigos e familiares podem ajudar no tratamento

O ator Theodoro Cochrane, filho da jornalista Marília Gabriela, revelou recentemente ter sido diagnosticado com ciclotimia, um transtorno de humor raro e ainda pouco conhecido do grande público. Mas o que exatamente é a ciclotimia? E como identificar seus sinais?

O que é ciclotimia e como é feito o diagnóstico?

De acordo com a psiquiatraMaria Fernanda Caliani, que conversou com a CARAS Brasil, a ciclotimia é uma condição marcada por variações de humor sutis, o que pode dificultar seu diagnóstico e levar anos até que o paciente receba a orientação correta.

“A ciclotimia é uma condição que se manifesta por oscilações de humor mais sutis que o transtorno bipolar tipo I ou II, o que pode dificultar o diagnóstico. Muitas vezes, a pessoa não chega ao consultório dizendo ‘meu humor oscila’, mas sim com queixas de ansiedade, insônia, irritabilidade ou desmotivação”, explica a médica.

O acompanhamento geralmente é feito por uma equipe multidisciplinar: “O acompanhamento psiquiátrico, aliado ao olhar da psicologia e, às vezes, da neurologia ou clínica médica, ajuda a traçar um quadro mais completo”, destaca.

Qual a diferença entre ciclotimia e o transtorno bipolar?

Apesar de ambos estarem relacionados à instabilidade do humor, a intensidade dos sintomas é o principal diferencial:

“A principal diferença da ciclotimia para o transtorno bipolar mais conhecido está na intensidade dos episódios: na ciclotimia, não há episódios maníacos ou depressivos graves, mas sim uma flutuação persistente entre sintomas hipomaníacos e depressivos mais leves, que se estendem por anos”, esclarece a psiquiatra.

Como a ciclotimia afeta as relações familiares e sociais?

O impacto da ciclotimia vai além do paciente. A rede de apoio, formada por familiares, amigos e parceiros, também precisa de orientação adequada para lidar com a condição.

“A rede de apoio é parte fundamental do tratamento. É importante que familiares e amigos entendam que a ciclotimia não é ‘frescura’ nem ‘falta de força de vontade’, mas um transtorno real, com base biológica, que precisa de compreensão e cuidados contínuos”, reforça Maria Fernanda.

Ela também dá dicas valiosas para quem convive com alguém que tem o transtorno: “Orientações simples, como respeitar os momentos de oscilação do paciente, não reforçar julgamentos e manter um canal de diálogo aberto, já fazem muita diferença. Grupos de apoio e orientação familiar com psicólogos ou terapeutas também são muito úteis, pois ajudam a fortalecer vínculos e a construir uma convivência mais saudável, baseada no acolhimento.”

Leia também: De bêbado ‘ótimo’ a equilíbrio: como ciclotimia transformou a vida do filho de Marília Gabriela

Continue Reading
Advertisement
Clique para comentar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Revista Plateia © 2024 Todos os direitos reservados. Expediente: Nardel Azuoz - Jornalista e Editor Chefe . E-mail: redacao@redebcn.com.br - Tel. 11 2825-4686 WHATSAPP Política de Privacidade