Celebridade
Jorge Durigan explica quando a dor nas costas deixa de ser normal

Especialista em coluna detalha os sinais que indicam atenção imediata e mostra como o cuidado certo pode devolver qualidade de vida
Quando Jorge Durigan fala sobre dores na coluna, suas palavras vão além do conhecimento técnico adquirido em mais de 20 anos de carreira. Carregam, sobretudo, uma experiência profundamente pessoal. Antes de se tornar uma referência em cirurgia da coluna vertebral em São Paulo, Durigan sentiu na própria pele o sofrimento causado por uma hérnia de disco. “Vivenciar a dor e a angústia, mesmo sendo médico, mudou completamente minha abordagem no consultório. Compreendi o valor real da escuta verdadeira e do acolhimento humano, indo muito além da técnica”, revela.
Natural de Marília, interior de São Paulo, Jorge cresceu inspirado pela medicina graças ao exemplo do pai, um respeitado ortopedista local. A decisão pela profissão nunca foi imposta, mas naturalmente influenciada pela admiração pelo trabalho paterno. “Sempre admirei profundamente como meu pai atendia seus pacientes, unindo técnica, ética e humanidade. Isso moldou completamente a minha maneira de exercer a medicina e lidar com as pessoas”, recorda.
Formado pela Faculdade de Medicina de Marília, Jorge mudou-se para São Paulo ao ingressar na residência em ortopedia e traumatologia na Santa Casa, reconhecida como uma das principais instituições da área no país. Após completar o mestrado e doutorado, especializou-se no Hospital 12 de Outubro em Madri, na Espanha, com foco em tratamentos ortopédicos para pacientes idosos.
Quando procurar ajuda: sinais que não devem ser ignorados
Ao longo dos anos, Jorge ouviu relatos de dor, medo e frustração de milhares de pacientes que buscavam respostas para problemas na coluna vertebral. “Muita gente chega fragilizada, insegura, com medo de ouvir a palavra ‘cirurgia’. Eu não trato só a coluna. Trato pessoas, histórias que foram interrompidas pela dor”, afirma.
Entre as condições mais atendidas em seu consultório estão hérnia de disco, estenose do canal vertebral, escoliose e fraturas por osteoporose. Cada uma delas apresenta sinais que merecem atenção.
A hérnia de disco provoca dor intensa em queimação, que se irradia da lombar até o pé e pode vir acompanhada de formigamento e perda de força muscular. “Menos de 10% dos casos precisam de cirurgia. A maioria melhora com fisioterapia, reeducação postural e fortalecimento muscular”, explica.
Já a estenose vertebral é mais comum em pacientes idosos e costuma se manifestar com dores nas pernas após curtas caminhadas, melhora ao sentar-se e postura inclinada para aliviar o desconforto. “Essa condição pode ser tratada com sucesso por meio da cirurgia minimamente invasiva, quando indicada”, pontua.
No caso da escoliose, especialmente na adolescência, o diagnóstico precoce é essencial para evitar cirurgias complexas. “Com acompanhamento adequado e uso de coletes personalizados, é possível controlar muitos casos sem necessidade de intervenção cirúrgica”, reforça.
As fraturas vertebrais, por sua vez, podem ser causadas por osteoporose ou traumas de alta energia. “É preciso investigar a origem da fratura. Em alguns casos, ela pode estar relacionada a tumores ou metástases. Nosso papel é oferecer um diagnóstico preciso e seguro”, afirma.
Cirurgia endoscópica: mais precisão e menos agressão
Jorge destaca que a cirurgia endoscópica da coluna representa um avanço significativo no tratamento das patologias vertebrais. “Com pequenas incisões, conseguimos acessar estruturas profundas usando câmeras de alta definição e instrumentos delicados. Essa técnica preserva músculos e ligamentos ao redor da coluna, reduz sangramento, dor pós-operatória e, em muitos casos, permite que o paciente receba alta no mesmo dia”, detalha.
Ele também ressalta o uso da monitorização eletrofisiológica em tempo real durante o procedimento. “Temos um neurologista monitorando os nervos durante toda a cirurgia. Isso proporciona mais segurança e reduz os riscos neurológicos”, explica.
Segundo o especialista, a cirurgia endoscópica pode ser indicada para hérnias discais, estenoses e outras condições específicas, desde que haja uma avaliação individualizada e realizada por uma equipe treinada.
Humanização que nasce da experiência própria
Mais do que conhecimento técnico, Jorge acredita que o diferencial do seu atendimento está na escuta ativa e na empatia construída ao longo dos anos. “A consulta não pode ser apressada. É preciso entender quem é o paciente, sua história e o impacto que aquela dor causa em sua vida. Isso muda completamente o plano terapêutico”, afirma.
Essa abordagem empática foi intensificada após sua própria experiência como paciente. “Quando compartilho que também já vivi aquela dor, os pacientes se sentem acolhidos. Isso fortalece o vínculo e melhora os resultados do tratamento”, comenta. “Essa identificação gera confiança e transforma pacientes em verdadeiros amigos”, completa.
Núcleo Tessela: um mosaico de cuidado integrado
Com o objetivo de oferecer um cuidado completo, Jorge fundou o Núcleo Tessela, clínica especializada em ortopedia que reúne fisioterapia, acupuntura, reabilitação e uma equipe multidisciplinar. “O nome Tessela vem do mosaico. Cada profissional é uma peça essencial na construção da recuperação do paciente”, explica.
Entre os projetos futuros, está a implementação de um programa estruturado de fisioterapia pré e pós-operatória, além de mais uma especialização internacional. “A reabilitação começa antes da cirurgia. Um paciente bem preparado se recupera mais rápido e com mais qualidade”, reforça.
Educação, prevenção e novos hábitos
Na visão do especialista, prevenir é tão importante quanto tratar. “O uso excessivo do celular, com a cabeça inclinada para frente por longos períodos, tem provocado um aumento significativo de dores cervicais, principalmente em jovens. Ergonomia no trabalho, pausas regulares e exercícios específicos são fundamentais para evitar essas lesões crônicas”, orienta.
Jorge também alerta para a importância da escuta e validação da dor. “Muitas pessoas sofrem sem diagnóstico e sem acolhimento. Precisamos enxergar além dos exames. A dor, quando ignorada, afeta corpo e mente”, afirma.
Uma medicina que devolve movimento e dignidade
Para o futuro, Jorge planeja consolidar o projeto “Spine Team”, que visa integrar tratamento clínico, cirúrgico e reabilitação em uma linha contínua de cuidado. “Queremos criar um modelo de atendimento que comece antes da cirurgia e siga até o retorno pleno às atividades. Isso é respeito com o paciente”, diz.
“Não permita que a dor limite sua vida. Procure ajuda médica cedo, tire suas dúvidas e, se necessário, busque uma segunda opinião. Viver sem dor é possível — e é um direito de todos.”
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