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Marvel se mantém em alta ao explorar o poder da união no novo Quarteto Fantástico

Três meses após o lançamento de Thunderbolts*, uma das melhores produções recentes do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), a franquia está de volta com um novo capítulo, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, que não só carrega o peso de introduzir a aguardada Família Fantástica em universo estabelecido ao longo de duas décadas, mas também ajudá-lo a se recuperar da decadência que vem caindo nos últimos anos.
Na novidade, Reed Richards (Pedro Pascal, The Last of Us), Sue Storm (Vanessa Kirby, Napoleão), Johnny Storm (Joseph Quinn, Stranger Things) e Ben Grimm (Ebon Moss-Bachrach, O Urso) são os heróis da Terra-828, que adquiriram os poderes de elasticidade, invisibilidade, controle do fogo e força sobre-humana, respectivamente, após uma missão malsucedida no espaço.
Porém, quando a Família Fantástica é confrontada com a ameaça do deus espacialGalactus (Ralph Ineson, A Bruxa) e seu enigmático arauto, a Surfista Prateada (Julia Garner, Ozark). Em uma Terra que, ao contrário da que conhecemos e acompanhamos há cerca de 15 anos, parece carente de super-heróis, a responsabilidade de salvar o planeta recai sobre o grupo que, outrora adorado, transforma-se em algoz ao se negar a pagar o alto preço cobrado pelo Devorador de Mundos.
Quarteto Fantástico: Primeiros Passos se destaca, a princípio, por dedicat pouquíssimo espaço para (re)apresentar o grupo. Afinal, após 36 filmes lançados no Univeros Cinematográfico da Marvel — e apenas na franquia, sem contar as produções da 20th Century Fox, incluindo três filmes sobre o Quarteto Fantástico, e da Sony Pictures —, ninguém cai em uma sessão dessas por acaso, não é mesmo?
Com essa decisão, a novidade abre espaço para explorar a família como um todo, mas também individualmente. Exceto por Ben, o Coisa, que acaba perdido com uma trama fraca sobre a sua aparência e as dificuldades desde que adquiriu os seus poderes, nós entramos na cabeça de Reed, o Sr. Fantástico, para entender a sua dificuldade para lidar com a responsabilidade que assumiu não só como herói, mas também como pai; testemunhamos a força de Sue, a Mulher Invisível, que é capaz de arriscar a própria vida por um bem maior; e descobrimos que Johnny, o Tocha Humana, tem mais inteligência e coração do que faz parecer.
Porém, não é um, não são dois, ou três, mas quatro heróis — amigos, familiares, amores — que fazem do Quarteto Fantástico o que ele é. É junto — e somente dessa forma — que o grupo consegue lidar com a responsabilidade de salvar todos os habitantes da Terra sem se sacrificar no processo, lidando com todas as adversidades e, principalmente, imprevisibilidades de sua difícil missão contra Galactus, que chega com a força de vilões como Thanos (Josh Brolin, Deadpool 2) e Kang, o Conquistador (Jonathan Majors, Lovecraft Country), e funciona para mostrar a força da Família Fantástica como um grupo.
Além da história, também se destaca o universo construído por Matt Shakman. Responsável por WandaVision (2021), em que mergulhou no universo dos sitcoms para trabalhar a história de Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany), o cineasta criou uma Nova York retrofuturista, misturando um estilo sessentista com tecnologia futurística, que remete a outra família da cultura pop: os Jetsons, da animação homônima lançada na década de 1960, acrescentando uma bem-vinda nostalgia à novidade.
Por fim, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos também trabalha em outra questão cobrada com afinco pelos fãs da Marvel nos últimos anos: os efeitos especiais. Aqui, o cuidado parece ter sido dobrado e, apesar de não estar perfeito, o filme supera o trabalho amadorístico visto em produções como Viúva Negra(2021), Doutor Estranho no Multiverso da Loucura(2022) e Thor: Amor e Trovão(2022).
É compreensível que, a essa altura, a descrença em novidades da Marvel é gigante, mas o novo Quarteto Fantástico é uma oportunidade de ver a franquia fora da armadilha que ela mesma criou para si: ao mesmo tempo em que se preocupa em agradar aos fãs, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é um filme que anda com as próprias pernas.
Ele abraça o compromisso de (re)apresentar, de forma independente, esse aguardado novo grupo de heróis — sem cair no marasmo de esmiuçar os seus detalhes mais uma vez — e explora o conceito de “a união faz a força”, um clichê que, no futuro, promete ser importante para a equipe e os seus colegas multiversais no enfrentamento contra o Doutor Destino (Robert Downey Jr., o antigo Homem de Ferro) em Vingadores: Doomsday, previsto para 2026, e Vingadores: Guerras Secretas, que deve chegar em 2027 para encerrar a Saga do Multivero.
Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é mais um acerto da Marvel. Que essa curva continue em ascensão.
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