Música
A história do nome de Preta Gil, que deu até problema em cartório

Preta Gil já chegou causando e dando seu recado. Quando nasceu, em agosto de 1974, a filha de Gilberto Gil enfrentou o primeiro dos inúmeros embates que teria pela frente para tentar transformar o Brasil em um país menos racista.
A cantora e empresária, que morreu no último domingo, 20 de julho, aos 50 anos, gerou episódio curioso quando foi registrada em cartório. Ela e o pai já contaram essa história alguma vezes.
De acordo com Gil, a escrivã do cartório não queria registrar o nome “Preta”. O músico, então, precisou convencer a funcionária de que essa era uma postura controversa e, no mínimo, racista.
Em entrevista a Jô Soares, no Programa do Jô (via rádio Itatiaia), Gil relembrou o caso:
“Quando ela nasceu, em 1974, eu morava ali no bairro Peixoto. Fomos eu e a Sandra (mãe de Preta) ao cartório registrar. Um cartório em Copacabana. Chegamos lá. ‘Qual o nome da menina?’. Preta. Preta Maria. ‘Mas como Preta?’ É, como Clara, como Branca.”
Gil acrescentou:
“Aí a moça, toda desarmada, não teve jeito… Pegou o papel e botou lá o nome. Como Clara, como Branca. Estamos no Brasil, uma sociedade democrática, pluriracial. Qual o problema? Pretinha deu no que deu.”
A história contada por Preta Gil
Preta Gil também já mencionou a história em algumas entrevistas. Segunda ela, não foi tão fácil assim. A cantora conta que o pai teve que ceder e fazer uma espécie de acordo com a tabeliã, que exigiu que também fosse colocado um nome católico.
Em declaração destacada pelo GShow, ela disse como foi o episódio:
“‘Tudo bem, você vai botar Preta, mas só se botar um nome católico junto’. Então eu me chamo Preta Maria por conta do tabelião e pela Mãe Divina.”
Família atualiza sobre repatriação e velório
Ainda em luto pela perda de Preta Gil, a família Gil publicou uma nova atualização sobre os próximos passos relacionados ao velório e funeral da cantora. Em comunicado compartilhado nas redes sociais, foi informado que, neste momento, ainda não há previsão para a repatriação do corpo ao Brasil.
A artista, que morreu após uma longa e corajosa batalha contra um câncer no intestino, será velada na cidade do Rio de Janeiro, onde amigos, familiares e fãs poderão prestar suas últimas homenagens.
“Informamos que, neste momento, ainda não há previsão para a repatriação do corpo de Preta Gil ao Brasil. Ela será velada na cidade do Rio de Janeiro, onde sua família, amigos e o público poderão prestar suas últimas homenagens. Tão logo tenhamos as informações do funeral, divulgaremos aqui.”
A família também agradeceu, mais uma vez, o carinho e o respeito do público nesse momento delicado, reforçando a importância da compreensão diante do luto e dos trâmites necessários.
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