Celebridade
Médica explica câncer de Preta Gil e relação com a idade: ‘Pode se alastrar rapidamente’

Preta Gil faleceu no último domingo, 20; em entrevista à CARAS Brasil, a Dra. Giovana G. de Paula explica o quadro em pessoas com mais de 45 anos
A cantora Preta Gil faleceu no último domingo, 20, aos 50 anos de idade. Ela lutou pelos últimos dois anos contra as complicações de um câncer no intestino, também chamado de câncer de cólon ou colorretal. A estrela estava nos Estados Unidos nos últimos meses para passar por um tratamento experimental contra a doença depois de esgotar suas possibilidades no Brasil.
O que diz a médica especialista?
Para entender mais sobre o assunto, a CARAS Brasil entrevista a Dra. Giovana G. De Paula, que exerce a profissão de médica generalista na Santa Casa de Misericórdia de Chavantes (SP). A especialista fala sobre este diagnóstico.
“O câncer de cólon pode se alastrar rapidamente porque, muitas vezes, ele começa de forma silenciosa , de modo que sem sintomas específicos e muitas vezes é diagnosticado em estágios mais avançados, quando já compromete estruturas próximas ou distantes, como fígado e pulmões”, afirma.
Qual a relação com a idade?
Segundo recomendações da American Cancer Society, da SBCO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica) e da SBCP (Sociedade Brasileira de Coloproctologia), é aconselhável o início do rastreamento deste câncer aos 45 anos, ou até antes, se houver histórico familiar.
“O câncer de cólon ou colorretal é uma das neoplasias mais comuns a partir dos 45 anos. Isso acontece porque, com o envelhecimento, o organismo passa por mudanças celulares naturais. Com o tempo, aumentam as chances de alterações genéticas em células do intestino, que podem dar origem a pólipos. Estes, pequenas lesões que, se não forem detectadas e removidas precocemente, podem evoluir para câncer”, explica.
Quais os cuidados?
Após o diagnóstico, o acompanhamento com um médico especialista deve ser rigoroso e multidisciplinar. Cada caso é individual, mas o tratamento pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e mudanças no estilo de vida.
“É essencial manter o seguimento com exames regulares, controlar comorbidades e adotar uma alimentação equilibrada, rica em fibras, além de atividade física regular. A detecção precoce ainda é a principal arma contra esse tipo de câncer, de modo que por isso, a partir dos 45 anos, a colonoscopia periódica é altamente recomendada, mesmo sem sintomas”, finaliza ao avaliar casos como da cantora Preta Gil.
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