Connect with us

Celebridade

Sandra Annenberg expõe intimidade no casamento e sexóloga oferece soluções reais

Published

on

Sandra Annenberg fala sobre intimidade e sexóloga Bárbara Bastos explica como casais podem revitalizar a vida sexual com diálogo, cuidado e conexão real

A jornalista Sandra Annenberg compartilhou como a relação com o marido, o também jornalista Ernesto Paglia, mudou ao longo dos 28 anos de casamento, principalmente após a menopausa. A revelação vem à tona pouco antes da filha do casal, Elisa Paglia, anunciar seu namoro com a atriz Karlie Jo Dickinson.

Ao abordar a importância da intimidade no relacionamento, Sandra levanta uma pergunta essencial: como manter viva a conexão sexual com o passar do tempo? Para responder, a CARAS Brasil ouviu a sexóloga e terapeuta sexual Bárbara Bastos, que trouxe reflexões poderosas e práticas sobre o tema.

Como revitalizar a vida sexual após anos de relacionamento?

Para Bárbara, antes de qualquer técnica específica, é essencial fazer uma análise profunda sobre a própria vida e hábitos.

“Muitas vezes, quando pensamos em terapia sexual, a primeira coisa que vem à mente é o que ela pode oferecer diretamente para melhorar o sexo. No entanto, antes de nos aprofundarmos nas ferramentas e técnicas que a terapia sexual disponibiliza, é fundamental fazer uma reflexão mais ampla. Precisamos nos perguntar: ‘O que eu estou fazendo na minha vida que me traz prazer, que me conecta comigo mesmo(a) e com o meu parceiro(a)?’ E, igualmente importante, ‘O que eu faço que vai contra isso, que é o oposto do que busco na minha vida?'”, diz a sexóloga.

Segundo ela, a maneira como o casal se trata fora do quarto afeta diretamente o que acontece dentro dele: “Se, por exemplo, o casal não se trata bem no dia a dia, com conversas ríspidas, brincadeiras que não têm graça ou mau-humor constante, é provável que a intimidade se torne uma obrigação. Para a mulher, em particular, pode ser difícil sentir desejo ou tomar a iniciativa se não houver um cuidado e uma conexão genuína sendo cultivados fora da cama”, completa.

Leia também: Sandra Annenberg posa com bandeira LGBTQIA+ após filha revelar namoro com atriz

No plano individual, o distanciamento do próprio prazer também influencia a libido: “Se uma pessoa está desconectada do próprio prazer, realizando tarefas que não a satisfazem, sentindo-se constantemente exausta, ou priorizando as necessidades dos outros em detrimento das suas, é natural que isso se reflita na vida sexual. A falta de atividades que a revigoram e a engrandecem pode minar o desejo e a espontaneidade“, explica Bárbara.

Ela destaca que o processo de reconexão é diário: “Minha sugestão inicial é, portanto, observar a própria vida em seus mínimos detalhes: como você acorda, o que faz ao longo do dia, sua alimentação e sua rotina de exercícios físicos – tudo isso é fundamental para a sua vitalidade. Não há uma única ‘fórmula mágica’ ou uma solução milagrosa para a vida sexual. A terapia sexual não se trata de um atalho, mas sim de um caminho que envolve a percepção de diversas pequenas mudanças e o compromisso em implementá-las. A revitalização da vida íntima é um processo contínuo que se constrói a partir do cuidado integral consigo mesmo e com o relacionamento”, pontua.

Como conversar sobre sexo com o parceiro sem medo ou culpa?

A comunicação é outro ponto crucial para fortalecer os vínculos na intimidade, especialmente em momentos de transformação emocional ou hormonal.

“A comunicação é, sem dúvida, a espinha dorsal de qualquer relacionamento saudável e, na minha prática como terapeuta sexual, percebo que ela se torna ainda mais crucial quando falamos da intimidade e da satisfação sexual“, afirma a especialista.

Ela orienta que o casal escolha o momento certo para ter essas conversas: “O ideal é criar um ambiente propício para a conversa. Escolher o momento certo é fundamental: não adianta tentar discutir algo importante quando um dos dois está prestes a sair para o trabalho, por exemplo. O objetivo é que a conversa seja fluida, que ambos possam expressar seus sentimentos e pensamentos sem interrupções ou pressa”, explica.

Muitas pessoas, segundo Bárbara, não foram educadas para lidar com conversas emocionais e acabam acumulando mágoas: “Conversar não é apenas desabafar; é sobre identificar o que não está funcionando, pontuar os limites e expressar as necessidades. Um casamento feliz, satisfatório e prazeroso é insustentável sem uma boa comunicação, pois é natural que, ao longo da vida a dois, surjam desentendimentos, atitudes que magoam ou que simplesmente não são bem-vindas. É nessas horas que o diálogo se faz essencial para resolver os conflitos e fortalecer a conexão”, orienta.

Uma dica prática é mudar a forma como as queixas são apresentadas: “Em vez de acusar, use frases que comecem com ‘eu me sinto…’ ou ‘estou vivenciando…’ Por exemplo: ‘Amor, eu me sinto um pouco distante de você ultimamente, e isso me preocupa. Como podemos trabalhar nisso juntos?'”

Ela ainda sugere um exercício de autoconhecimento: “Um exercício que costumo recomendar é escrever seus pensamentos em um diário ou no celular. Coloque no papel tudo o que está passando pela sua cabeça, sem censura. Depois, releia e tente organizar as ideias. Se ainda sentir insegurança, organize o texto final em tópicos, focando em expressar suas necessidades de forma objetiva e sem qualquer resquício de raiva”, aconselha.

Qual recado fica para quem quer se reconectar?

Inspirada pela fala de Sandra Annenberg, a sexóloga conclui com uma reflexão sobre o impacto da vida digital na qualidade da intimidade: “Em um mundo onde a velocidade e a conectividade digital ditam o ritmo, é fundamental pausar e refletir sobre como a rotina acelerada afeta nossos relacionamentos mais íntimos. A tela se torna um filtro que embaça nossa visão do parceiro, e perdemos a oportunidade de nutrir a conexão que nos une”, analisa.

A proposta é simples, mas poderosa: “Pequenos gestos no dia a dia podem fazer uma enorme diferença: um jantar sem celulares à mesa, um almoço compartilhado com conversas significativas, ou até mesmo um filme assistido com a intenção de se olhar e interagir. Optar por atividades que estimulem a presença e a interação, como um jogo de tabuleiro ou um quebra-cabeça, pode reacender a chama da cumplicidade e da diversão”, sugere Bárbara.

Por fim, ela reforça que a conexão sexual vai muito além do físico: “A verdadeira intimidade floresce quando há presença, escuta ativa e uma conexão genuína, que vai além das interações virtuais. Desconectar-se do mundo digital para se reconectar com seu parceiro é um ato de amor e um investimento valioso na saúde de sua relação e na plenitude de sua vida sexual“, finaliza.

Continue Reading
Advertisement
Clique para comentar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Revista Plateia © 2024 Todos os direitos reservados. Expediente: Nardel Azuoz - Jornalista e Editor Chefe . E-mail: redacao@redebcn.com.br - Tel. 11 2825-4686 WHATSAPP Política de Privacidade