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Celebridade

Especialista comenta desmame da filha caçula de Mel Fronckowiak: ‘Não é fácil’

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Em entrevista à CARAS Brasil, a pediatra Dra. Amanda Ibagy explica por que o fim da amamentação pode ser desafiador tanto para a criança quanto para a mãe

Mel Fronckowiak emocionou seus seguidores ao compartilhar o processo de desmame da filha caçula, de 2 anos, nas redes sociais. “Ainda estou assimilando essa transição. Foram dois anos de amamentação. E, embora racionalmente eu soubesse que esse dia chegaria, não é fácil para nenhuma das duas”, escreveu a atriz.

O relato da artista, casada com o ator Rodrigo Santoro, trouxe à tona uma discussão delicada, cercada de julgamentos e pressões: o fim da amamentação, onde muitas mulheres se sentem sozinhas ou até culpadas. 

Em entrevista à CARAS Brasil, a pediatra e especialista em amamentação Dra. Amanda Ibagy fala sobre a dificuldade do processo do desmame e sinais de preocupação para as mamães ficarem alertas. 

Segundo a especialista, as sensações de culpa ou solidão não deveriam acontecer. Para ela, o desmame precisa ser entendido como parte natural do vínculo e não como uma ruptura dolorosa: “O desmame é um marco emocional profundo, e não apenas nutricional. Envolve a desconstrução de um vínculo físico que, por meses ou anos, foi a base da segurança da criança. Mas também é, muitas vezes, o início de uma nova fase de conexão, agora mais simbólica, com outros gestos de afeto”, explica.

Amanda defende um olhar mais individualizado e menos técnico sobre esse momento tão sensível: “Não existe uma fórmula universal,” explica a médica. “Cada binômio mãe-bebê constrói seu próprio ritmo. Há crianças que aceitam naturalmente, outras que sentem mais. E há mães que sofrem ainda mais do que os filhos, mesmo sabendo que é o melhor naquele momento.”

A atriz também compartilhou como tentou conduzir o processo, chamado de “desmame consciente”, por meio de acolhimento e conversas com a caçula: “Foram semanas conversando, explicando, acolhendo… e chorando escondida no banho. Hoje, quando ela pede e eu explico, ela compreende. Mas isso não torna mais fácil”.

Para a pediatra, a decisão da atriz de envolver a criança no processo transforma o desmame. Um momento que seria de perda, torna-se a evolução do vínculo entre mãe e filha. A dor, apesar de comum, tem sentido e não é apenas um corte brusco e solitário. Ela, no entanto, alerta que, apesar de ser uma decisão compartilhada, é essencial lembrar que a criança ainda é o elo mais vulnerável nessa equação.

“É importante que a criança tenha ferramentas emocionais para lidar com o fim da amamentação,” alerta. “Muitas usam o mamar como forma de autorregulação, especialmente à noite ou em momentos de estresse. Então, antes de iniciar esse processo, é essencial preparar o bebê emocionalmente e garantir que ele consiga se reorganizar de outras maneiras.”

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de, sempre que possível, manter a amamentação por pelo menos dois anos. A Dra. Amanda explica que o desmame precoce pode ser prejudicial, principalmente se feito de forma abrupta, sem considerar o grau de maturidade emocional da criança.

A especialista também destaca que cada jornada é única e que, diante de dúvidas ou dificuldades, buscar ajuda profissional pode fazer toda a diferença: “A sociedade fala muito sobre amamentar, mas muito pouco sobre como parar. E quando fala, muitas vezes, é para julgar. O que precisamos é de mais empatia, mais escuta e menos idealização. O desmame pode ser lindo, mas só se for verdadeiro para aquela dupla e, se possível, com orientação de profissionais capacitados.”

Amanda Ibagy conclui afirmando que amamentar é um gesto de amor, assim como encerrar a amamentação. “O importante é que esse encerramento seja consciente, gentil e, acima de tudo, respeitoso com a história daquela mãe e daquele bebê. Mel teve coragem ao expor essa vulnerabilidade e, com isso, ajuda outras mulheres a se sentirem menos sozinhas.”

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