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Entenda como a IA pode ajudar a identificar pacientes com risco de Alzheimer

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A inteligência artificial (IA) pode estar prestes a revolucionar a forma como identificamos e tratamos o Alzheimer. Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, desenvolveram um modelo de IA capaz de prever com precisão quais pessoas com comprometimento cognitivo leve têm maior risco de desenvolver a doença. Publicada na revista Nature, a descoberta representa um avanço importante na medicina de precisão voltada para a demência.

Detalhes do estudo

Ao reanalisar dados de um ensaio clínico anterior com o auxílio do novo modelo, os cientistas conseguiram identificar subgrupos de pacientes e, com isso, perceberam que um medicamento antes considerado ineficaz foi capaz de retardar o declínio cognitivo em 46% entre pessoas com progressão lenta da doença.

Esse efeito só se tornou visível porque a IA permitiu uma estratificação mais precisa, algo que os testes tradicionais não conseguiam detectar com a mesma eficácia.

A ferramenta é três vezes mais precisa do que métodos convencionais como exames de sangue, testes de memória ou ressonâncias magnéticas. Além de prever a evolução da doença, ela atribui uma pontuação que estima a velocidade da progressão, permitindo que pacientes com maior chance de responder aos tratamentos sejam priorizados nos ensaios clínicos. Isso reduz custos, economiza tempo e aumenta significativamente a eficácia das pesquisas.

Modelo de IA mostrou-se três vezes mais precisa do que métodos convencionais
Modelo de IA mostrou-se três vezes mais precisa do que métodos convencionais – alejomiranda/istock

Tratamentos mais assertivos

Segundo a professora Zoe Kourtzi, responsável pelo estudo, o modelo conecta os “pacientes certos aos medicamentos certos”. Ela destaca que muitos fármacos promissores fracassam porque são administrados tarde demais, e a IA oferece justamente a oportunidade de agir com antecedência. “Com nosso modelo, conseguimos identificar com precisão quem ainda pode se beneficiar do tratamento”, explica.

A tecnologia também tem potencial para aliviar sistemas públicos de saúde, ao tornar o diagnóstico precoce mais acessível e reduzir gastos com terapias ineficazes.

Com o apoio da IA, a esperança é que o futuro da demência não seja apenas sobre administrar perdas, mas sobre preservar o máximo de qualidade de vida possível. Identificar os pacientes que realmente se beneficiarão de um tratamento é um passo decisivo na luta contra a doenças.

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