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Celebridade

Lina Maria fala sobre compreensão humana em novo livro: ‘É normal ter cicatrizes’

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Em entrevista à CARAS Brasil, a autora e especialista em quebra de autossabotagem, Lina Maria, fala sobre o processo de criação de Profundolhar

Hoje, Lina Maria é especialista em Quebra de Autossabotagem e Desenvolvimento de Lideranças Globais. Em 2024, lançou o livro HERZAUGE na Alemanha, seu país natal, e agora realiza uma turnê de divulgação para celebrar a chegada da obra no Brasil sob o título ‘Profundolhar’. 

Em entrevista à CARAS Brasil, Lina Maria conta sobre o processo de criação de Profundolhar, a quebra de barreiras culturais por meio da psicologia, compreensão humana e planos para o futuro.

‘Profundoolhar’ e a compreensão da natureza humana

“Escrevi Profundolhar porque, em 2023, vi um movimento global de “soluções fáceis” para solidão e sentido e a vida não é um aplicativo que resolve tudo em três passos,” explicou a autora. “Uma boa vida é feita de escolhas diárias, coragem para enfrentar desconfortos e força para recomeçar sempre que for preciso. Queria escrever algo real, sem promessas mágicas, mas que desse às pessoas ferramentas para se conhecerem, se escutarem e assumirem a autoria da própria história.”

Apesar de ter chegado ao Brasil apenas em maio de 2025, a obra chegou um ano antes na Alemanha, onde fez um sucesso estrondoso entre o público, alcançando mais de 100 mil pessoas em poucos meses. Já em território brasileiro, a recepção tem sido arrebatadora, com mais de 50 eventos de divulgação em 8 estados e 15 cidades diferentes.

“Descobri que, independentemente do país, todos carregamos cicatrizes, perguntas e inseguranças”, compartilhou Lina. “Conversei com crianças de comunidades, estudantes de escolas públicas, universitários, empreendedores, líderes corporativos e todos me disseram a mesma coisa: nunca ninguém tinha me falado que é normal ter cicatrizes e que tudo bem viver com elas.”

Filha de mãe brasileira e pai alemão, Lina cresceu em um ambiente bicultural que lhe proporcionou uma maior compreensão da natureza humana. Entre a disciplina alemã e a criatividade brasileira, ela afirma ter descoberto que não existe um jeito certo, existe equilíbrio.

“Essas experiências me ensinaram a olhar além da superfície. Por trás de cada cultura, de cada cargo, existe alguém querendo ser reconhecido e pertencente. Esse entendimento permeia tudo o que faço: nas minhas palestras, nos programas de liderança e no livro porque, no fim, liderar não é sobre controlar, é sobre criar espaço para que as pessoas sejam quem são,” afirmou.

As diferenças culturais transparecem entre a busca por estabilidade e controle na Europa e a força da reinvenção brasileira. Para a especialista, existe sabedoria no DNA brasileiro: “Se a vida te dá um limão, você pode decidir fazer um suco, um chá ou comer puro.” A capacidade de escolha é libertadora e seu livro fala exatamente sobre isso: não sobreviver sem dor, mas fortalecer o músculo da decisão para criar uma vida mais autêntica e resiliente.

Quando questionada sobre a maior adversidade que precisou enfrentar na criação de Profundolhar, Lina Maria abriu o coração sobre a dificuldade de se despir das máscaras que carregou durante anos no mundo corporativo: “Como mulher, com deficiência visual severa, sempre senti que precisava provar mais. Escrever Profundolhar foi uma escolha de vulnerabilidade radical — porque só pode convidar para dentro quem também se deixa ver,” confessou.

Por parte do público que também se permite ver, a autora revelou esperar que os leitores levem algo simples, mas libertador da leitura: A compreensão de que as cicatrizes  da alma não são defeitos para apagar, são parte da sua história. O relacionamento mais importante e mais longo da sua vida é com você mesmo e viver com autenticidade não é sobre perfeição, mas um exercício diário de recomeçar, ouvir a si mesmo, comunicar suas necessidades e colocar limites sem culpa.

PurposeHub e o futuro

Lina afirma acreditar que ninguém pode controlar tudo que acontece, mas todos podem escolher a resposta. Cada decisão consciente constrói resiliência, autenticidade e liberdade: “É isso que tento ensinar no livro e nas minhas palestras: “Você não pode escolher o jogo, mas pode escolher como joga.””

Em 2020, tomou a decisão de fundar o PurposeHub, empresa onde oferece Blindspot Coaching e Leadership Training com foco em transformação e mudança: “Eu não sabia que uma pandemia ia paralisar o mundo, mas eu sabia que não havia opção de voltar atrás,” contou. “Eu queria liberdade, queria viver meu propósito, e não importava o caos. E hoje sei que foi a melhor decisão: porque, no meio da crise, descobri que o mundo precisava de conversas reais sobre conexão, humanidade e coragem.”

Para o futuro, Lina Maria decidiu voltar com o livro na segunda metade de 2025 para continuar a conversa: “As pessoas estão sedentas por verdade. Quebrar o ciclo da autossabotagem não é um evento, é uma jornada,” concluiu. 

CONFIRA PUBLICAÇÃO RECENTE DA ESPECIALISTA LINA MARIA NO INSTAGRAM:

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