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Juliette defende uso da camisinha em namoro e sexóloga avalia: ‘Sem respeito, é abuso’

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Após relato de Juliette, a sexóloga e terapeuta sexual Bárbara Bastos explica por que tirar camisinha sem consentimento é violência

Juliette Freire (35) revelou recentemente que sempre usa camisinha em todas as suas relações sexuais, inclusive em relacionamentos estáveis. A cantora contou que já chegou a terminar namoros por causa disso. Segundo ela, alguns parceiros insinuaram que sua exigência pelo preservativo seria “falta de confiança”. Mas afinal, o que fazer quando o parceiro se recusa a usar camisinha? A atitude é apenas uma divergência de casal ou pode configurar algo mais sério?

Em entrevista à CARAS Brasil, a sexóloga e terapeuta sexual Bárbara Bastos analisou o posicionamento de Juliette e trouxe orientações importantes sobre limites, diálogo e saúde sexual.

Recusar ou tirar a camisinha pode ser violência sexual

A sexóloga é direta ao comentar casos como o relatado por Juliette. Para ela, remover o preservativo sem consentimento é uma forma clara de abuso.

Tirar a camisinha durante o ato sexual é, de fato, uma violência sexual. É crucial que isso seja dito de forma muito clara, pois muitas mulheres podem já ter passado por essa situação e, para não quebrar o clima ou gerar constrangimento, acabam não verbalizando o que sentem. Elas aceitam, mas carregam um desconforto e um incômodo profundos que, muitas vezes, podem ter um impacto duradouro em suas vidas”, diz a especialista.

E orienta: “O que deve ser feito nesse momento é parar imediatamente o que está acontecendo. A mulher pode simplesmente encerrar a relação, se afastar da pessoa ou do local, ou verbalizar claramente que tal atitude é inaceitável e não pode se repetir. É fundamental impor o próprio limite.”

Leia também: Sexóloga analisa postura de Juliette sobre vida íntima: ‘Não é desconfiança’

Além de interromper o ato, a sexóloga recomenda buscar suporte psicológico e jurídico, se necessário: “Após essa situação, é importante que a mulher busque apoio, seja psicológico ou jurídico, para lidar da melhor forma com o ocorrido, dependendo de como ela se sentiu. A remoção da camisinha sem consentimento viola o acordo sexual estabelecido entre as duas pessoas. Se o uso da camisinha foi acordado, a pessoa não pode simplesmente ignorar isso. Não se trata de algo sutil ou sem importância; é uma questão extremamente séria e uma forma de violência sexual. Isso não pode acontecer, e a pessoa não deve permitir. É sempre bom lembrar que sexo sem respeito não é sexo, é abuso.”

Como falar sobre camisinha sem gerar conflito no relacionamento?

Para casais que desejam manter o uso do preservativo, Bárbara reforça que o diálogo é essencial, e deve ocorrer no momento certo: “A comunicação é o alicerce de qualquer relacionamento saudável, e isso se aplica de forma ainda mais contundente à vida sexual de um casal. Quando abordo a comunicação sexual, refiro-me a todas as conversas sobre a intimidade do casal. É crucial que esses diálogos ocorram em um ambiente de tranquilidade, calma e segurança, quando ambos se sintam à vontade e com a mente clara.”

Segundo ela, trazer o assunto durante a relação não é o ideal: “O ideal é que a conversa aconteça antes do ato sexual, e não durante. Isso porque o sexo é um momento de conexão profunda e entrega mútua, e trazer um assunto denso nesse instante pode quebrar a sintonia. Não me refiro a falar logo antes da relação, mas sim em um momento de diálogo mais amplo, como durante um jantar ou em uma conversa casual.”

E orienta como tornar a abordagem mais natural: “É fundamental que você expresse suas necessidades relevantes de forma clara. Por exemplo, ao abordar o uso da camisinha em um relacionamento estável, é natural que possa surgir um certo desconforto. No entanto, é importante comunicar que essa é uma escolha de cuidado mútuo, e não de desconfiança. Explique que o uso do preservativo aumenta sua sensação de segurança, permitindo que você se entregue mais plenamente ao momento presente e se concentre nas sensações, em vez de se preocupar com a ausência da camisinha. Trazer essa questão com naturalidade, sem um tom acusatório, é essencial para que a conversa seja tranquila e construtiva, fortalecendo a intimidade e a confiança entre vocês.”

Dá para tornar o uso da camisinha mais prazeroso? Sexóloga responde

Segundo a especialista, sim. E o segredo está em mudar a forma como o preservativo é encarado pelo casal: “Entendo que o tema do preservativo pode gerar muitas dúvidas e, por vezes, até um certo desconforto para alguns casais. No entanto, é fundamental abordá-lo de forma leve e positiva, focando nos benefícios que ele oferece tanto para a saúde sexual quanto para o prazer.”

Hoje, o mercado oferece várias opções para todos os gostos: “Temos camisinhas com sabor, texturas variadas, maior espessura para quem busca mais segurança, e ultrafinas para intensificar as sensações. Além disso, é importante destacar a existência de preservativos com e sem lubrificante. Minha recomendação é sempre utilizar um lubrificante à base de água junto com o preservativo. Ele facilita a colocação, melhora o deslizamento e, consequentemente, aumenta o conforto e o prazer durante a relação.”

Ela também sugere transformar o momento da camisinha em parte do jogo erótico: “Enquanto um parceiro coloca o preservativo, o outro pode continuar com as preliminares: façam massagens, carícias, beijos e explorem outras formas de prazer. A ideia é que a colocação do preservativo seja apenas um breve momento de transição, sem que haja uma interrupção real do clima ou do tesão.”

E finaliza com uma dica prática: “Outra dica valiosa que sempre dou aos casais é que eles transformem a compra do preservativo em um momento de cumplicidade. Ir juntos à farmácia, explorar as diversas opções disponíveis, escolher juntos e até mesmo testar diferentes modelos em casa pode ser uma forma divertida de quebrar tabus e desmistificar o uso do preservativo. Dessa forma, o uso frequente do preservativo se torna uma prática natural e prazerosa para o casal, reforçando a importância da saúde sexual de forma lúdica e engajante.”

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