Celebridade
Doença genética? Médico explica como Patricia Pillar venceu o diagnóstico

Patricia Pillar enfrentou doença genética rara e hoje está completamente curada
A atriz Patricia Pillar (61) revelou no início dos anos 2000 que teve um câncer de mama. A artista, que passou por sessões de quimioterapia, usou sua voz como figura pública para alertar as mulheres sobre a importância de fazer exames regularmente e a necessidade de conhecer o próprio corpo através do toque.
“Falar sobre a doença ajuda a derrubar o mito. O fantasma é maior que o monstro real”, declarou ela à Revista Época. Hoje 100% curada, a atriz leva uma vida com qualidade de vida. Seu último trabalho na TV foi em Salve-se Quem Puder (2020) em uma participação como ela mesma.
Em entrevista à CARAS Brasil, Dr. Wesley Pereira Andrade, oncologia, mastologista e cirurgião oncologista, conta que essa doença atinge mulheres em todo o mundo. O diagnóstico precoce pode salvar vidas. “Ainda existem muitas dúvidas e mitos sobre a doença”, alerta.
“O câncer de mama ocorre quando células da mama começam a se multiplicar de forma descontrolada. Isso é causado por uma alteração genética no DNA da célula. Aqui vale a explicação: todo câncer é genético, mas nem todo câncer é familiar (hereditário). Todos os cânceres são genéticos, pois têm origem em uma mutação genética no DNA de uma célula”, explica.
“A característica de ser hereditário significa que uma determinada mutação genética pode ser transmitida de pais para filhos. Ou seja, todo câncer tem origem em uma mutação do DNA, mas isso não significa que essa mutação será transmitida de pais para filhos”, acrescenta.
Pillar seguiu tratamentos que na época ainda estavam em evolução. No entanto, isso não a impediu de conquistar a cura. O diagnóstico precoce é o maior aliado na luta contra a doença, já que aumenta as chances de restauração da saúde.
“Quando detectado nas fases iniciais, as chances de cura ultrapassam 95%, especialmente quando diagnosticado abaixo de 2 centímetros e sem comprometimento de gânglios axilares. A mamografia anual a partir dos 40 anos é uma das ferramentas mais eficazes para identificar o tumor antes mesmo de ele ser palpável”, informa.
COMO FUNCIONA O TRATAMENTO?
O tratamento do câncer de mama é multidisciplinar e personalizado. Segundo Dr. Wesley, é importante acompanhamento médico para avaliações frequentes que vão determinar o processo a ser seguido na luta contra contra a doença.
“Pode incluir cirurgia (como mastectomia ou cirurgia conservadora — essa é a cirurgia de escolha), quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal, terapia-alvo e/ou imunoterapia, dependendo do tipo de tumor (nome) e do subtipo do tumor (sobrenome), associados aos dados do estágio da doença e ao perfil da paciente. O objetivo é remover ou destruir as células cancerígenas e evitar que a doença retorne”, finaliza o médico.