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Saiba o que aumenta a gravidade de um AVC

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Hipertensão, fibrilação atrial e tabagismo estão por trás dos quadros mais severos de AVC.
Hipertensão, fibrilação atrial e tabagismo estão por trás dos quadros mais severos de AVC. – iStock/peterschreiber.media

Um novo estudo publicado na revista Neurology trouxe à tona um dado alarmante: algumas condições médicas comuns não só aumentam as chances de um acidente vascular cerebral (AVC), mas também tornam seus efeitos muito mais devastadores. Entre os principais vilões estão a hipertensão arterial, a fibrilação atrial e o tabagismo.

Três culpados que agravam o quadro

A pesquisa, que analisou mais de 13 mil casos de AVC em diversos países, mostrou que esses três fatores elevam significativamente a probabilidade de um AVC grave — aquele que pode deixar o paciente dependente, com perda de mobilidade ou até levá-lo à morte.

  • Hipertensão arterial: aumenta em 3,2 vezes o risco de um AVC incapacitante.
  • Fibrilação atrial: eleva o risco em 4,7 vezes.
  • Tabagismo: dobra a chance de um desfecho severo.A gravidade dos AVCs foi medida com a Escala de Rankin Modificada (mRS), que classifica o grau de dependência funcional após o evento. Casos considerados graves (pontuação de 4 a 6) envolvem desde perda de locomoção até óbito.
Hipertensão, fibrilação atrial e tabagismo estão por trás dos quadros mais severos de AVC.
Hipertensão, fibrilação atrial e tabagismo estão por trás dos quadros mais severos de AVC. – bymuratdeniz/istock

Entenda por que alguns AVCs são mais severos

Cada fator contribui de forma diferente para o agravamento do AVC:

A pressão alta danifica os vasos, facilitando tanto o AVC isquêmico quanto o hemorrágico.
A fibrilação atrial estimula a formação de coágulos, que podem bloquear artérias essenciais no cérebro.
O tabagismo prejudica a circulação e acelera o envelhecimento dos vasos sanguíneos, intensificando os danos.
Além disso, o estudo apontou que AVCs hemorrágicos tendem a ser mais graves do que os isquêmicos, especialmente quando afetam áreas extensas do cérebro, como a chamada “circulação anterior total”.

Um detalhe curioso: gordura abdominal

Um achado intrigante da pesquisa foi a relação entre gordura abdominal e a gravidade do AVC. A medida cintura-quadril, usada como indicador de acúmulo de gordura, apareceu mais associada a AVCs leves do que graves. Ainda não há explicação definitiva, mas o dado levanta questões sobre como a distribuição da gordura corporal pode influenciar o desfecho de um AVC.

Desigualdades que pesam no diagnóstico

O estudo também revelou diferenças regionais marcantes. Em países do Sul da Ásia e da África, mais de 50% dos AVCs resultaram em incapacidade severa. Já em regiões como Europa Ocidental, América do Norte e Austrália, esse número caiu para cerca de 18%. A falta de acesso a cuidados médicos preventivos e tratamentos eficazes pode explicar essas discrepâncias.

Prevenção ainda é a melhor estratégia

A boa notícia? Todos os principais fatores que agravam o AVC são modificáveis. Controlar a pressão arterial, tratar adequadamente arritmias como a fibrilação atrial e parar de fumar são atitudes que podem não apenas evitar um AVC, mas também impedir que ele seja devastador.



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