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Música

Paul McCartney gravou música do pai, mas ele negou autoria

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Antes de se tornar um dos maiores compositores da música pop, Paul McCartney já tinha uma forte conexão com a música em casa. Seu pai, Jim McCartney, era músico amador e costumava tocar standards de jazz ao piano, sempre de ouvido, sem saber ler partituras. Anos mais tarde, Paul decidiu homenageá-lo de maneira muito especial: gravando uma de suas composições. Mas a resposta do pai não foi exatamente a que ele esperava.

A faixa em questão é “Walking in the Park With Eloise”, lançada em 1976 como um single da fictícia banda The Country Hams, na verdade uma formação paralela do Wings. A música é a única composição de Jim McCartney, e Paul gravou-a durante uma estadia em Nashville. Segundo ele, a ideia veio de ninguém menos que Chet Atkins. “Eu mencionei a música ao Chet e ele disse: ‘Devíamos gravar isso para o seu pai!’”, contou Paul em uma entrevista para seu site oficial.

A reação de Jim à homenagem foi calorosa, mas também modesta. Ele se recusava a dizer que tinha “escrito” a música, preferindo dizer que apenas a havia “inventado” ao piano. Paul tentou explicar que, nos dias de hoje, isso já seria considerado composição, mas o pai não se convenceu. “Ele dizia que não escreveu nada, só tocava algo que inventou. Mas é exatamente isso que é compor”, disse Paul.

O interesse de McCartney por harmonias ricas e soluções melódicas criativas começou justamente com o repertório ouvido em casa. Ele menciona Fred Astaire e canções como “Bésame Mucho” como parte do repertório que o ensinou, ainda na infância, sobre os truques e construções harmônicas da música popular.

Curiosamente, apesar de sua paixão por música, Jim McCartney não achava que uma carreira musical fosse o melhor caminho para o filho. Quando Paul voltou de uma temporada com os Beatles em Hamburgo, o pai foi direto: era hora de conseguir um “emprego de verdade”. Paul chegou a trabalhar enrolando bobinas em uma fábrica, até que o destino e a própria convicção o levaram de volta à banda – o resto, claro, é história.

A relação entre pai e filho sempre foi marcada por música, afeto e um certo contraste entre a modéstia de um e a ousadia do outro. E ainda que Jim tenha resistido em se ver como compositor, seu legado está gravado – literalmente – na obra de um dos maiores nomes da música de todos os tempos.

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