Celebridade
Especialista analisa pronunciamento de MC Daniel sobre término de noivado: ‘Há uma tentativa’

O término do noivado de MC Daniel e a influenciadora Lorena Maria segue dando o que falar. Fãs inconformados levantam teorias sobre os bastidores do término, o que fez o funkeiro quebrar o silêncio e se pronunciar publicamente.
Em um comunicado, o cantor destacou o fim do ciclo como algo que ocorreu naturalmente. “Terminar é doloroso. É um luto silencioso… Mas eu sei da verdade do meu coração. Meu amor por ela foi puro. Eu me entreguei por inteiro. Não a teria pedido em namoro, depois em casamento, não teria mudado toda minha vida para estar ao lado dela, se tudo isso não fosse sincero”, afirmou.
Em seguida, o MC Daniel desmentiu teorias e acusações e, nesta segunda-feira, 14, prometeu processar quem levantasse mentiras sobre sua vida amorosa. “Não digam que fui cruel ao ponto de ‘usar’ alguém para realizar um sonho, nem que ela me deu um ‘golpe’! Isso fere, machuca, tudo aconteceu com amor, responsabilidade e escolha de duas pessoas adultas. Nosso filho é uma bênção e trouxe luz para nossas vidas”, afirmou.
CARAS Brasil conversa com a psicóloga Larissa Fonseca para entender o que a psicologia diz sobre o pronunciamento do artista. Segundo ela, o término de um relacionamento pode ser encarado como luto por morte de uma pessoa querida.
“A perda afetiva, assim como o luto por morte física, ativam áreas cerebrais semelhantes, como inclusive da dor física e, portanto, comprova-se que a dor emocional pode trazer a desorganização do ser humano e envolver dores físicas. Associar esta vivência às críticas relacionadas com o término e possíveis comentários que apenas acabam violando ainda mais e aumentando a dor”, explica.
“Há uma tentativa interna de buscar a reconexão e, portanto, restaurar o vínculo para trazer uma sensação de pertencimento. Quando estamos entregues de corpo e alma, como menciona o cantor, há uma descarga de dopamina que regula o desejo e tal motivação para estar com o outro. Também há liberação de ocitocina, que contribui para promover o vínculo e segurança. Em substituição destes neurotransmissores, quando ocorre um término, há um aumento de cortisol, o hormônio do estresse, na tentativa de adaptar-se à nova situação”, acrescenta.
Segundo a especialista, não há como superar de forma breve uma perda afetiva. Ela explica que a mente e nossa neuroquímica necessitam de um tempo para reequilibrar e ressignificar memórias, além de reconstruir tal identidade sem a outra pessoa.
“O pedido do cantor para respeitar o momento é em decorrência do luto que ele já está vivenciando em relação ao término. Algumas vezes, quando nossa vida muda de direção, o ideal é terminar a relação antes que outras situações, como traições, distanciamento afetivo e até agressividade, comecem a ocorrer no relacionamento”, analisa.
“Muitos términos após o nascimento de um filho são comuns, pois a mulher enfrenta uma montanha-russa hormonal e a falta de sono pode deixá-la com dificuldade para lidar com possíveis conflitos no casal. É provável que pontos divergentes do primeiro término e repetições dos mesmos problemas voltem a acontecer. São as mesmas pessoas com questões a serem mudadas. A mudança apenas ocorre após um tempo e, principalmente, quando percebemos que, para nós mesmos, há um propósito na mudança”, finaliza sobre o desabafo do cantor.