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Alzheimer pode começar aos 20 e mudar tudo o que você achava saber

A maioria das pessoas associa o Alzheimer ao envelhecimento, mas uma pesquisa inovadora da Universidade de Columbia trouxe um dado surpreendente: sinais precoces da doença podem surgir já nos 20 e poucos anos. Os resultados, publicados na revista The Lancet Regional Health – Americas, indicam que fatores de risco normalmente analisados em idosos também impactam a função cerebral de adultos jovens.
Essa descoberta desafia a noção comum de que o Alzheimer só se manifesta tardiamente. Os pesquisadores agora defendem que o processo da doença pode estar silenciosamente ativo por décadas antes do aparecimento dos sintomas clássicos.
Cérebro dá sinais muito antes do previsto
O estudo acompanhou milhares de voluntários com idades entre 24 e 44 anos desde os anos 1990. Foi utilizada a pontuação CAIDE — que calcula o risco de demência com base em variáveis como idade, pressão arterial, colesterol e hábitos de vida. Participantes com maior risco cardiovascular apresentaram desempenho cognitivo mais baixo já por volta dos 25 anos.
Embora as alterações fossem sutis no cotidiano, foram estatisticamente relevantes. Jovens com piores indicadores de saúde apresentaram dificuldades com memória de curto prazo e processamento de informações, o que indica que o cérebro pode estar em alerta muito antes do diagnóstico oficial de Alzheimer.
Os cientistas também encontraram marcadores inflamatórios e altos níveis da proteína tau total — uma das protagonistas no desenvolvimento da doença — em adultos entre 34 e 44 anos. Isso reforça que os mecanismos do Alzheimer se instalam de forma progressiva, mesmo sem sintomas evidentes.
Curiosamente, o gene APOE ε4, principal fator genético associado à doença, não teve impacto significativo na cognição dos jovens. Isso sugere que o estilo de vida e a saúde cardiovascular desempenham papéis centrais na preservação da saúde cerebral, independentemente da predisposição genética.
Cuidar do cérebro começa cedo
Com essas evidências, a mensagem é clara: as estratégias de prevenção do Alzheimer devem começar muito antes da velhice. Medidas como controlar a pressão arterial, manter o peso adequado, praticar atividades físicas e manter o cérebro ativo com aprendizado contínuo são fundamentais — inclusive a partir dos 20 anos.
Os cientistas estimam que os processos do Alzheimer podem estar em curso até 50 anos antes dos primeiros sintomas. Assim, cuidar da saúde cerebral desde cedo pode ser decisivo para garantir um envelhecimento mais saudável e com mais qualidade de vida.
Sinal de Alzheimer pode surgir antes dos 40 anos
Pesquisadores identificaram indícios precoces de Alzheimer em adultos jovens, antes dos 40 anos. O estudo destaca alterações sutis na memória e comportamento como sinais iniciais. O diagnóstico precoce pode favorecer tratamentos mais eficazes. Especialistas recomendam atenção redobrada a sintomas cognitivos, mesmo em faixas etárias mais jovens. Clique aqui para saber mais.,