Celebridade
Médico explica tratamentos e queda de cabelo de Isabel Veloso: ‘Complementares’

Em entrevista à CARAS Brasil, o oncologista Dr. Elge Werneck Araújo Júnior fala sobre os diferentes tratamentos realizados e queda de cabelo da influenciadora
Na última terça-feira (8), a influenciadora digital Isabel Veloso, que ganhou notoriedade na internet após compartilhar o diagnóstico de seu câncer, abriu uma caixinha de perguntas nos Stories do Instagram e respondeu algumas perguntas sobre o momento atual e o futuro do seu tratamento, incluindo uma possível perda de cabelo pela segunda vez.
Em 2021, aos 15 anos, Veloso foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin, um tipo agressivo de câncer no sistema linfático. A influenciadora realizou o tratamento de quimioterapia e chegou a receber um transplante de médula óssea, procedimento que permitiu a remissão da doença por três meses.
Atualmente, passando pela imunoterapia, Isabel revelou a possibilidade de outro transplante de médula óssea de uma de suas irmãs. Quando questionada sobre o procedimento e os tratamentos envolvidos, a jovem explicou sobre o processo duro de quimioterapia e a possível perda do seu cabelo.
“No transplante, passamos por uma quimioterapia bem forte para destruir a médula óssea que você tem, para então poder receber a nova,” explicou a influenciadora. “A quimioterapia é uma bomba no organismo, e acaba atacando as células boas também, inclusive as do folículo capilar, por isso a ‘queda’.”
Em entrevista à CARAS Brasil, o oncologista Dr. Elge Werneck Araújo Júnior fala sobre o funcionamento da quimioterapia, os efeitos do tratamento no corpo do paciente e as diferenças entre os dois tipos de tratamento realizados pela influenciadora.
“A quimioterapia é um tipo de medicação que age na replicação das células, induzindo a morte destas. Dessa forma, células cancerígenas morrem, mas os efeitos colaterais surgem devido à ação da químio sobre células sadias,” afirma o médico. “Medula óssea, trato gastrointestinal e pele são as regiões do organismo mais afetadas, o que explica a queda de cabelo e a ausência de crescimento capilar durante o tratamento quimioterápico.”
Quando questionado sobre as diferenças entre a Imunoterapia e a quimioterapia, o especialista explica que apesar de ambos serem tratamento contra o câncer, eles agem de forma completamente diferente e podem se complementar: “Enquanto a quimioterapia age na replicação celular, induzindo as células à morte, a imunoterapia tenta regularizar o sistema imunológico a combater o câncer, visto que existem mecanismos induzidos pela doença a diminuir nossa própria defesa. São, portanto, tratamentos complementares e que podem ser utilizados em paralelo, agindo de maneiras distintas.”
Ainda segundo o Dr. Elge Werneck Araújo Júnior, o diagnóstico precoce é fundamental em todos os cânceres e é, sem dúvida, um dos principais fatores prognósticos dessas doenças.