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Descubra o que é o diabetes tipo 5 e como ele difere dos outros tipos

Durante o Congresso Mundial de Diabetes de 2025, realizado em abril na Tailândia, a Federação Internacional de Diabetes (IDF) oficializou uma nova categoria da doença: o diabetes tipo 5. A condição, embora descrita desde a década de 1950, tem sido frequentemente subdiagnosticada e confundida com outras formas da doença, como o tipo 1.
Diferente do diabetes tipo 2, relacionado ao sobrepeso e sedentarismo, o tipo 5 afeta indivíduos desnutridos, jovens e magros, com índice de massa corporal (IMC) geralmente abaixo de 19. Segundo a IDF, estima-se que entre 20 e 25 milhões de pessoas vivam com esse tipo de diabetes, especialmente em países da Ásia e da África.
Como o diabetes tipo 5 se diferencia dos outros tipos?
Apesar de atingir principalmente jovens e pessoas com baixo peso, como o tipo 1, o diabetes tipo 5 não é autoimune. Sua origem está associada à formação reduzida de células beta no pâncreas, possivelmente causada por desnutrição na gestação ou infância — fases críticas para o desenvolvimento dos órgãos.
O endocrinologista Fernando Valente, da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), destaca que os pacientes com tipo 5 ainda conseguem produzir uma quantidade mínima de insulina, o que ajuda a evitar complicações graves, como a cetoacidose diabética. Essa produção residual é uma das características que o diferencia do tipo 1.
O diagnóstico correto depende de dois exames essenciais: a dosagem de anticorpos contra o pâncreas (positivos no tipo 1) e a medição do peptídeo C, que avalia a reserva de insulina. Enquanto no tipo 1 essa reserva se esgota rapidamente, no tipo 5 ela ainda está presente, embora de forma insuficiente.
Tratamento vai além da insulina
A abordagem terapêutica para o tipo 5 exige mais do que a simples reposição de insulina. É fundamental realizar uma reestruturação nutricional completa, com suplementação de proteínas, carboidratos, micronutrientes, vitaminas e eletrólitos, para melhorar o funcionamento metabólico do corpo.
De acordo com o endocrinologista Paulo Rosenbaum, do Hospital Israelita Albert Einstein, o Brasil ainda tem pouca experiência clínica com o tipo 5. Ele alerta que muitos casos podem estar sendo erroneamente registrados como tipo 1, dificultando o tratamento correto.
Além disso, o diabetes tipo 5 atinge mais homens do que mulheres, especialmente os que vivem em regiões rurais e com pouco acesso à saúde. A falta de diagnóstico adequado eleva os riscos de cegueira, amputações e doenças renais.
Diretrizes específicas estão em desenvolvimento
Com o reconhecimento oficial do diabetes tipo 5, a IDF anunciou a criação de um grupo internacional de especialistas, que nos próximos dois anos irá desenvolver diretrizes exclusivas para diagnóstico e tratamento da nova classificação. A expectativa é que isso contribua para reduzir erros de diagnóstico e melhorar o cuidado com milhões de pacientes ao redor do mundo.
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