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‘Maior a chance de ter’

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Fernanda Keulla (39), vencedora do Big Brother Brasil 13, revelou recentemente seu diagnóstico com a Síndrome de Sjögren, uma doença autoimune e crônica que afeta, principalmente, as glândulas salivares e lacrimais. Um dos sintomas mais frequentes dessa condição é a xerostomia, conhecida popularmente como boca seca. O problema, embora pareça simples, pode esconder causas mais profundas. 

Em entrevista à CARAS Brasil, o Dr. Wandy Alisson, médico integrativo, explica que a xerostomia é mais comum do que se imagina e, em casos como o de Fernanda, pode indicar doenças autoimunes sérias.

“Você já sentiu a boca seca ao acordar ou durante um dia estressante? Isso pode parecer algo simples, mas quando essa sensação se torna frequente, ela pode indicar um problema chamado xerostomia – a redução do fluxo de saliva na boca. E sim, a saliva é mais importante do que parece: ela protege os dentes, facilita a digestão, ajuda na fala e no paladar. Por isso, quando está em falta, o corpo todo sente”, observa.

O especialista reforça que a xerostomia pode ter várias origens. “A xerostomia pode ter várias causas. Uma das mais comuns é o uso de certos medicamentos, como antidepressivos, remédios para pressão alta, alergias ou diuréticos. Eles afetam diretamente o sistema nervoso, reduzindo o estímulo que faz as glândulas salivares funcionarem. E quanto mais tempo a pessoa faz uso contínuo dessas medicações, maior a chance de ter boca seca. Doenças também entram nessa lista. O diabetes, por exemplo, pode causar desidratação, afetar a circulação e prejudicar as glândulas salivares. O hipotireoidismo – quando a tireoide funciona lentamente – também pode reduzir a produção de saliva por desacelerar todo o metabolismo.”

O diagnóstico de Fernanda colocou luz sobre a Síndrome de Sjögren, condição que compromete diretamente a produção de saliva. “E há ainda doenças autoimunes, como a Síndrome de Sjögren, que ataca diretamente as glândulas salivares, diminuindo drasticamente sua função. Outro vilão é o tratamento contra o câncer, especialmente a radioterapia na região da cabeça e pescoço. A radiação danifica de forma irreversível as glândulas, muitas vezes impedindo que voltem a funcionar.”

O médico também chama atenção para fatores emocionais e comportamentais que contribuem para o problema: “O estresse também merece atenção. Quando vivemos sob tensão constante, o corpo libera mais cortisol – o chamado “hormônio do estresse”. Esse hormônio, em excesso, inibe a produção de saliva. A ansiedade e a ativação constante do sistema nervoso simpático (responsável por colocar o corpo em estado de alerta) também interferem nesse processo, tornando a boca seca um sintoma comum de quem vive no limite. E não para por aí: envelhecer naturalmente reduz a eficiência das glândulas salivares. Fumar, beber álcool em excesso e até a desidratação (comum em idosos ou em casos de febre, vômito e diarreia) também entram na conta.”

Ainda que não tenha cura, a Síndrome de Sjögren pode ser tratada com acompanhamento multidisciplinar e cuidados específicos. Para o Dr. Wandy, o relato de Fernanda é essencial para ampliar a conscientização sobre o tema: “Ela deu voz a milhares de pessoas que sofrem em silêncio com sintomas que parecem banais, mas escondem condições sérias por trás”.

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