Cientistas revelam novo suspeito por trás da psoríase

Pesquisadores da Universidade de Bath, no Reino Unido, apontam um possível avanço na compreensão da psoríase, condição inflamatória crônica da pele que afeta mais de 190 milhões de pessoas ao redor do mundo. Em um estudo publicado na revista Nature Communications, a equipe aponta a hepcidina, um hormônio regulador do ferro, como possível peça central no desenvolvimento da doença.

A psoríase é marcada por manchas avermelhadas, descamação e coceira, com impactos significativos na qualidade de vida dos pacientes. Apesar de não haver cura, os tratamentos existentes tentam controlar os sintomas, que variam de acordo com cada indivíduo. A nova pesquisa pode abrir portas para abordagens terapêuticas mais específicas.

Hepcidina na pele: uma pista promissora para novos tratamentos

A hepcidina normalmente é produzida pelo fígado e regula a quantidade de ferro no corpo. Entretanto, os cientistas observaram que, em pessoas com psoríase, esse hormônio também aparece em excesso na pele — o que é incomum. Estudos anteriores já haviam identificado altas concentrações de ferro na epiderme de pacientes, mas sem explicação clara.

Agora, os experimentos realizados com camundongos mostraram que, ao aumentar artificialmente os níveis de hepcidina na pele, os animais desenvolveram sintomas semelhantes aos da psoríase humana. Isso fortalece a hipótese de que o hormônio pode ter um papel crucial no desencadeamento da inflamação cutânea.

Novas estratégias terapêuticas no horizonte

Apesar de a descoberta não representar uma cura imediata para a psoríase, ela aponta para a possibilidade de inibir a hepcidina como forma de tratamento. Segundo os cientistas, fármacos capazes de regular a produção desse hormônio na pele poderiam controlar surtos e prolongar os períodos de remissão, especialmente em casos mais severos como a psoríase pustulosa, que também afeta unhas e articulações.

Vitamina pode frear lesões da psoríase

Pesquisadores identificaram que a vitamina B12 pode ajudar a frear as lesões causadas pela psoríase. O estudo destaca a ação anti-inflamatória do nutriente, com potencial terapêutico. A descoberta reforça a importância da nutrição no tratamento de doenças crônicas de pele e incentiva novas abordagens clínicas. Clique aqui para saber mais.