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Por que boa parte das pessoas se sentem tristes no inverno?

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Se você é do time das pessoas solares é bem possível que esteja se sentindo para baixo nesses meses de inverno. De fato a estação não mexe apenas com os termômetros, ela também derruba o humor e a disposição de muita gente. E isso tem nome: transtorno afetivo sazonal (TAS) ou depressão sazonal. A condição está diretamente relacionada à redução da luz solar, ao isolamento e à introspecção típicos da estação.

De acordo coma a psicóloga Isla Gonçalves, da UniCesumar, essa mudança no clima afeta especialmente as pessoas mais sensíveis às variações emocionais. A especialista alerta ainda que os sintomas muitas vezes se instalam de forma gradual, dificultando o diagnóstico precoce.

Luz solar e hormônios: uma relação delicada

A luz do sol é fundamental para a regulação de dois hormônios-chave para o bem-estar: a serotonina, que influencia o humor, e a melatonina, responsável pelo ciclo do sono. No inverno, com dias mais curtos e menos luminosos, a produção desses hormônios pode ser alterada, provocando fadiga, irritabilidade e alterações no sono.

Além disso, a menor exposição solar estimula a produção de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. “Isso causa uma sensação de desânimo e tristeza quase sempre sem causa aparente, acometendo as pessoas de forma quase involuntária,” explica a psicóloga.

Comportamentos mais introspectivos e menor exposição ao sol fazem do inverno um período crítico para a saúde emocional
Comportamentos mais introspectivos e menor exposição ao sol fazem do inverno um período crítico para a saúde emocional – max-kegfire/istock

Um convite à introspecção e à vulnerabilidade

O clima frio convida ao recolhimento e a atividades mais tranquilas, como assistir a filmes ou ficar em casa, o que intensifica o contato com os próprios pensamentos e memórias. Para quem já enfrenta desafios emocionais, isso pode acentuar sentimentos de solidão ou tristeza.

A especialista alerta que a mudança no comportamento social, com menor interação e dinamismo, pode agravar esse quadro em pessoas predispostas.

“As atividades escolhidas no inverno geralmente são menos dinâmicas. Bebidas quentes, séries, e momentos de aconchego remetem as pessoas a lembranças e sentimentos que podem reforçar tristezas,” pontua Isla. “Isso sedimenta o que chamamos de Depressão Sazonal, influenciada por estímulos característicos do frio.”

Sintomas comuns da depressão sazonal

O Transtorno Afetivo Sazonal pode se manifestar de forma sutil e progressiva. Fique atento aos sinais:

  • Cansaço persistente e sonolência excessiva;
  • Falta de motivação e apatia;
  • Irritabilidade ou alterações de humor;
  • Isolamento social;
  • Dificuldades de concentração e produtividade;
  • Sentimentos de tristeza constante.

Se esses sintomas começarem a afetar sua vida social, profissional ou afetiva, é fundamental buscar ajuda psicológica ou psiquiátrica.

Quem está mais vulnerável?

Alguns grupos correm maior risco de desenvolver depressão sazonal. Entre eles:

  • Pessoas com histórico de depressão ou ansiedade;
  • Indivíduos com dificuldades para lidar com emoções negativas;
  • Pessoas que vivem sozinhas ou com redes de apoio limitadas;
  • Moradores de regiões com invernos longos ou com pouca luminosidade.
  • Mesmo quem não apresenta histórico pode ser afetado, especialmente se enfrentar situações de estresse acumulado ou mudanças de rotina.

Prevenção e cuidados recomendados

Embora o inverno traga desafios à saúde mental, há estratégias eficazes para reduzir seus impactos:

  • Exposição à luz natural: aproveite o sol sempre que possível, mesmo em dias frios;
  • Prática de atividade física: o exercício regular ajuda a liberar endorfinas, que melhoram o humor;
  • Rotina estruturada: manter horários regulares para dormir, comer e trabalhar ajuda na estabilidade emocional;
  • Contato social: manter-se conectado com amigos e familiares é essencial para evitar o isolamento;
  • Acompanhamento profissional: em casos persistentes, a orientação de um psicólogo ou psiquiatra é fundamental.



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