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Médica avalia atitude de Adriane Galisteu após diagnóstico: ‘Não é indicada para…’

Adriane Galisteu relata melhora com reposição hormonal e médica Maira Campos esclarece limites do tratamento em conversa com a CARAS Brasil
Aos 52 anos, Adriane Galisteu abriu o jogo sobre os desafios enfrentados com a menopausa e revelou que a reposição hormonal tem sido essencial nesse novo momento. Mas será que o tratamento adotado pela apresentadora pode ser seguido por todas as mulheres?
Em entrevista exclusiva para a CARAS Brasil, a ginecologista endócrina Maira Campos esclareceu os principais pontos sobre a reposição hormonal e fez um alerta: “Não é indicada para todas as mulheres na menopausa”.
Nem toda mulher pode fazer reposição hormonal
Apesar dos relatos positivos de Galisteu, a médica reforça que o tratamento deve ser sempre individualizado: “Não, a reposição hormonal (RH) não é indicada para todas as mulheres na menopausa. Existem critérios específicos para garantir a segurança e eficácia do tratamento”, explica.
Ela detalha que o principal objetivo da RH é aliviar sintomas como ondas de calor, insônia, ressecamento vaginal, alterações de humor e a queda na qualidade de vida. Para prescrever, a médica leva em consideração os fatores abaixo:
- A idade da mulher e o tempo desde o início da menopausa: geralmente, a reposição é mais indicada para mulheres na menopausa precoce (menos de 60 anos ou dentro dos primeiros 10 anos após o início dos sintomas).
- Condições de saúde: doenças cardiovasculares, histórico de trombose, câncer de mama ou endométrio, além de distúrbios hepáticos, podem contraindicar o uso.
- Riscos e benefícios: é feita uma análise personalizada. Para mulheres com função ovariana abruptamente reduzida (como na menopausa cirúrgica), a RH geralmente é essencial e traz mais benefícios do que riscos.
A especialista ainda ressalta que o tratamento exige um acompanhamento médico rigoroso: “É fundamental o acompanhamento de perto por uma equipe médica experiente, que inclui a prescrição personalizada de dosagens e formas de aplicação (oral, transdérmica ou vaginal)”, afirma.
Resultados da reposição: quando aparecem?
Galisteu contou que só começou a sentir os efeitos da reposição hormonal após três semanas. A médica confirma que esse prazo está dentro do esperado.
“Normalmente há um tempo médio para que os efeitos da reposição hormonal sejam percebidos. Para a maioria das pacientes, os primeiros benefícios começam a surgir entre duas e quatro semanas de tratamento, mas o efeito pleno pode levar até três meses dependendo do quadro da paciente e do tipo de tratamento utilizado”, explica a ginecologista.
Segundo a médica, os primeiros sinais de melhora relatados pelas pacientes incluem:
- Redução das ondas de calor e suores noturnos
- Melhora na qualidade do sono e alívio da insônia
- Menos flutuações de humor, com aumento da energia e bem-estar emocional
- Melhora do ressecamento vaginal e da vida sexual (quando associada à reposição local vaginal, se necessário)
“Essas percepções podem variar, mas isso reforça a importância do acompanhamento médico para ajustar o tratamento conforme a resposta individual”, pontua.
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