Celebridade
Eliezer chora ao desabafar sobre doença da mãe e médico fala sobre: ‘Sensação de abandono’

Na última terça-feira, 1, Eliezer publicou um vídeo em suas redes sociais admitindo que sente que negligenciou o estado de saúde da sua mãe
Na última terça-feira, 1, Eliezer (35) chamou a atenção dos internautas ao publicar um vídeo chorando em seu perfil. Em seus Stories do Instagram, o ex-BBB 22 chorou ao admitir que sente que negligenciou o estado de saúde de sua mãe, Ana Beatriz, por demorar para perceber que sua doença era séria.
“É muito triste dizer isso. Eu levei muito tempo para levar a sério o que minha mãe tinha. Muito tempo. Minha mãe sofre. Tem depressão, tem 20 anos. Ela começou a depressão quando eu tinha 9 anos de idade“, confessou.
Em entrevista à CARAS Brasil, Dr. José Fernandes Vilas explica que a depressão materna não afeta apenas quem sofre diretamente com o transtorno — ela repercute de forma profunda na estrutura emocional dos filhos. “Quando uma mãe está em sofrimento psíquico por longos períodos, a criança ou o jovem pode crescer imerso em um ambiente afetivo instável, com carência de presença emocional, afetos confusos e, muitas vezes, sensação de abandono ou insegurança“, diz.
“Essas crianças, quando adultas, podem apresentar dificuldades em reconhecer seus próprios sentimentos, desenvolver relações saudáveis ou até mesmo identificar o que é saúde mental — porque seu modelo emocional foi construído sob uma base fragilizada. É como crescer com uma referência afetiva embaçada“, acrescenta.
O psiquiatra ainda aponta que o relato do influenciador digital envolvendo sua demora para compreender que a mãe enfrenta depressão há 20 anos é um relato comum: “Ainda existe um estigma muito forte em torno da saúde mental. Muitas famílias convivem com sintomas evidentes de depressão por anos, mas normalizam ou subestimam o sofrimento, classificando como ‘frescura’, ‘drama’, ou uma fase ruim que vai passar“.
“Quando o transtorno é crônico, como no caso relatado por Eliezer, o ambiente familiar vai se adaptando ao sofrimento como se fosse parte do cotidiano — até que, em algum momento, o impacto se torna tão evidente que não pode mais ser ignorado. Esse reconhecimento tardio é doloroso, especialmente para os filhos, que muitas vezes se sentem culpados por não terem enxergado antes“, reforça.
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