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Uma bactéria no intestino pode ser a origem surpreendente do Parkinson

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Bactéria identificada em pacientes com Parkinson altera proteínas cerebrais em testes.
Bactéria identificada em pacientes com Parkinson altera proteínas cerebrais em testes. – Doucefleur/istock

Cientistas da Universidade de Helsinque, na Finlândia, identificaram uma ligação direta entre a presença da bactéria Desulfovibrio (DSV), comum no intestino humano, e o desenvolvimento da doença de Parkinson. A descoberta foi publicada na revista científica Frontiers in Cellular and Infection Microbiology e vem sendo considerada um avanço promissor no combate à doença neurodegenerativa.

Encontrada frequentemente em ambientes úmidos, a bactéria DSV parece contribuir para o acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro, o que pode levar à destruição de neurônios vitais. Isso abre caminho para novos métodos de diagnóstico e possíveis intervenções terapêuticas ainda na fase inicial da doença.

Bactéria identificada em pacientes com Parkinson altera proteínas cerebrais em testes.
Bactéria identificada em pacientes com Parkinson altera proteínas cerebrais em testes. – Getty Images

Vermes, proteínas e o elo com o Parkinson

No experimento, os pesquisadores analisaram amostras fecais de 10 pacientes com Parkinson e de seus cônjuges saudáveis. Todos os pacientes apresentavam a bactéria DSV nas fezes, assim como oito dos cônjuges. Em testes laboratoriais, vermes nematoides foram alimentados com essas amostras. O resultado foi alarmante: os vermes que receberam DSV de pacientes com Parkinson produziram quantidades significativamente maiores da proteína alfa-sinucleína, substância associada ao desenvolvimento da doença.

Para efeito de comparação, outros vermes foram alimentados com a bactéria E. coli, e não mostraram o mesmo aumento na produção da proteína. A hipótese é que a DSV de pessoas com Parkinson possui características específicas que desencadeiam a produção excessiva dessa proteína, que forma aglomerados nocivos no cérebro.

Os cientistas acreditam que, com avanços futuros, será possível tratar ou até prevenir o Parkinson por meio da manipulação do microbioma intestinal — um foco promissor que desloca a atenção do cérebro para o sistema digestivo e seus nervos conectados.

 

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