Kanye West é barrado de entrar na Austrália após música controversa

Kanye West não poderá mais pisar na Austrália. O ministro de Assuntos Internos do país, Tony Burke, confirmou que o visto do rapper, agora legalmente conhecido como Ye, ou Ye Ye, foi cancelado após o lançamento de sua polêmica faixa “Heil Hitler”, divulgada em maio, no aniversário de 80 anos da derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Em entrevista ao programa Afternoon Briefing, da ABC australiana, Burke disse que o caso de Kanye foi um dos poucos em que a proibição de entrada não envolveu apenas a intenção de fazer discursos públicos: “A única exceção que me lembro foi Kanye West. Ele foi barrado mesmo sem esse objetivo direto”, afirmou.

Segundo o ministro, o histórico de comentários ofensivos do artista voltou à mesa das autoridades após o lançamento da nova música. “O que não é sustentável é importar ódio”, declarou.

Mesmo o visto de mais baixo nível exige uma avaliação de caráter. Quando meus oficiais analisaram esse caso, o visto foi cancelado.

Kanye, que tem laços familiares com a Austrália — sua esposa, Bianca Censori, é de Melbourne —, vinha visitando o país há anos. Mas suas declarações e ações recentes têm ultrapassado o limite, incluindo a venda de camisetas com suásticas em seu site Yeezy, mensagens de texto com saudações nazistas a ex-funcionários judeus e comentários abertamente antissemitas em entrevistas.

A decisão australiana segue um crescente movimento internacional de repúdio. Na Eslováquia, uma petição pede o cancelamento de seu show no Festival Rubicon, afirmando que sua presença “glorifica um período sombrio da história e desrespeita as vítimas do regime nazista”.

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