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Os sinais financeiros que podem indicar demência até 10 anos antes do diagnóstico

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Os sinais financeiros que podem indicar demência até 10 anos antes do diagnóstico


Estudo mostra que pessoas com declínio cognitivo têm comportamentos financeiros bem distintos de outras saudávelis
Estudo mostra que pessoas com declínio cognitivo têm comportamentos financeiros bem distintos de outras saudávelis – AJ_Watt/istock

Perder cartões bancários com frequência, redefinir senhas ou parar de gastar com hobbies como jardinagem e viagens. Esses comportamentos cotidianos, à primeira vista inofensivos, podem na verdade ser alertas importantes de um problema grave: o declínio cognitivo relacionado à demência.

Um estudo realizado pela Universidade de Nottingham, em parceria com o Lloyds Banking Group, revelou que dados financeiros simples, já coletados rotineiramente pelos bancos, podem indicar sinais de demência até 10 anos antes do diagnóstico médico formal.

Detalhes do estudo

A pesquisa analisou os hábitos bancários de mais de 66 mil pessoas, cruzando informações com dados de indivíduos que já haviam nomeado representantes legais por perda de capacidade mental (procuração duradoura).

Os resultados mostraram que pessoas com declínio cognitivo tinham comportamentos financeiros bem distintos do grupo saudável. Entre os principais sinais estavam:

  • Maior frequência de perda de cartões e solicitações de novos PINs
  • Redução no uso de serviços bancários on-line
  • Queda significativa de gastos com viagens (9,6%) e hobbies (7,9%)
  • Aumento de gastos domésticos
  • Maior número de denúncias de fraudes

Comportamento financeiro pode antecipar diagnóstico clínico em até uma década

Segundo os cientistas, essas mudanças começam de forma sutil, mas se intensificam ao longo do tempo. A perda de interesse em atividades externas e o aumento dos gastos domésticos, por exemplo, refletem a perda gradual de autonomia e organização pessoal. Esses padrões comportamentais foram observados anos antes do registro de perda de capacidade mental formal ou diagnóstico de Alzheimer e outras demências.

“Esses padrões fornecem a primeira evidência em larga escala de que dados comportamentais mantidos por instituições financeiras podem revelar o surgimento precoce do declínio cognitivo”, explicou o professor John Gathergood, um dos autores do estudo.

Como os bancos podem ajudar na triagem precoce da demência

Diferente de exames clínicos ou biomarcadores, os dados financeiros já estão disponíveis e são regularmente analisados por instituições bancárias. Com a devida proteção à privacidade e ao consentimento individual, essas informações podem ser aliadas importantes na detecção precoce da demência.

A pesquisa aponta que bancos poderiam desenvolver sistemas de alerta internos para ajudar a proteger clientes vulneráveis — e, inclusive, apoiar famílias e profissionais de saúde no reconhecimento precoce do problema.

 



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