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Médica alerta para doença de vocalista do Negritude Jr: ‘Irreversível’

Em entrevista à CARAS, a Dra. Márcia San Juan fala sobre uma doença que Claudinho, vocalista do Negritude Jr. enfrenta; saiba tudo
Claudinho (52), o vocalista do Negritude Jr, compartilhou no último mês que iniciou um tratamento contra um tipo específico de calvície. Em entrevista à CARAS Brasil, a Dra. Márcia San Juan falou sobre a doença e como é realizado seu tratamento.
A tricologista falou sobre o tipo específico de calvície que ele sofre, categorizado como alopecia de tração. Ela pontua que é uma condição comum em consultório e afeta, principalmente, quem usa dreads, tranças e penteados muito apertados. A médica alerta: “Com o tempo, essa tração constante nos fios acaba inflamando o folículo piloso, e isso pode gerar uma queda de cabelo que, se não for tratada precocemente, pode se tornar irreversível. No caso do Claudinho, a alopecia foi consequência direta deste uso prolongado. Esses estilos, quando feitos com muita tensão e por muitos anos, realmente podem causar esse tipo de dano. E o mais importante: esse tipo de queda não é só física. Muitos pacientes relatam também dor emocional, porque o cabelo está muito ligado à autoestima e à identidade”.
Como é o tratamento da alopecia de tração?
A especialista também acrescenta que o tratamento contra a doença depende do estágio que ela se encontra: “Em casos mais iniciais, a gente consegue excelentes resultados apenas suspendendo os penteados de tração e introduzindo medicamentos tópicos, como o minoxidil, além de anti-inflamatórios e vitaminas específicas para recuperar esse folículo piloso. Já em quadros mais avançados, como o do Claudinho, é necessário entrar com terapias mais intensivas, como eletroporação, que ajuda a levar os ativos diretamente para o couro cabeludo sem ser uma agressão física, estimulando a recuperação dos fios”, explica.
Vitaminas do complexo B, D, zinco e outros nutrientes são essenciais para auxiliar no combate e fortificar a saúde. A tricologista reforça que, sem essa base, o fio não se mantém forte, além de pontuar que o tratamento é multidisplicinar e individual, focado em cada paciente.
Existe cura para a doença?
A médica reforça que é possível revertê-la, caso tratada a tempo. Ela também pontua que existe um ponto crucial antes de iniciar todo o processo: “O mais importante, e sempre reforço isso com meus pacientes, é interromper o fator de tração quanto antes. Às vezes a pessoa continua fazendo o penteado porque ‘é bonito’ ou ‘faz parte da identidade’, mas o preço que se paga lá na frente pode ser alto. Se houver cicatrização do folículo, a gente perde aquela unidade capilar para sempre — e aí só com transplante capilar para recuperar essa área perdida, mas esse deve ser sempre um último recurso.”
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