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A infeliz coincidência entre os filmes de heróis na lista de melhores do século XXI

O The New York Timesreuniu mais de 500 profissionais da indústria cinematográfica para eleger os 100 melhores filmes do século 21. Na lista, foram incluídos dois filmes de super-heróis, que compartilham uma infeliz coincidência: em ambos, os seus protagonistas causaram impacto cultural, mas acabaram morrendo pouco antes ou depois do lançamento da produção.
O eterno rei de Wakanda
O primeiro deles foi Pantera Negra, longa estrelado por Chadwick Boseman e lançado em 2018, dois anos antes da morte do ator, vítima de um câncer de cólon. O longa poderia ser apenas mais uma incursão aleatória pelo vasto Universo Cinematográfico da Marvel. Porém, Ryan Coogler(Pecadores), responsável pelo roteiro e a direção do filme, transformou a introdução de T’Challa na franquia em uma emocionante e empoderadora celebração da cultura negra.
Não é à toa que o grito de guerra dos wakandanos, “Wakanda para sempre!”, tornou-se um símbolo de identificação e resistência, eternizado na cultura pop. Também não foi por acaso que Pantera Negra fez história ao ser o primeiro filme de herói indicado ao Oscar de Melhor Filme e, eventualmente, ao conquistar a 96ª posição na lista do The New York Times.
Boseman gravou o filme quando já estava doente, retornando ainda para Vingadores: Guerra Infinita(2018), Vingadores: Ultimato(2019) e a primeira temporada da animação What If…?(2021-2024), que ficou marcada como o seu último trabalho.
O antagonista que roubou a cena
Segundo capítulo da trilogia de Christopher Nolan(A Origem), Batman: O Cavaleiro das Trevas ficou marcado pela atuação impecável de Heath Ledger(O Segredo de Brokeback Mountain) como o vilão Coringa — e, infelizmente, também por sua morte, apenas alguns meses antes do lançamento do longa.
Repentina, a partida de Ledger — que venceu o Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante pela interpretação — chocou o mundo, especialmente por, supostamente, estar ligada à sua intensa preparação para viver o personagem, que custou a sua saúde física e mental.
“Fiquei sentado em um quarto de hotel em Londres por um mês, me tranquei nele, escrevi um diário e testei várias vozes. Era importante tentar encontrar uma que fosse icônica e uma risada. Acabei parando no lado da psicopatia. [O Coringa] é alguém com pouca consciência dos seus atos. Ele é um sociopata absoluto, um palhaço assassino de sangue frio”, afirmou o ator [via site Igor Miranda].
Anos depois, no documentário Too Young to Die (2012), o pai do ator, Kim Ledger, revelou o que encontrou no diário escrito pelo filho. “Foi difícil ler aquilo. Ele entrou na pele do personagem, era algo típico do Heath. Ele fazia isso, ele gostava de viver seus personagens, mas neste caso, foi além do limite”, relembrou.
Além do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante —o único da breve carreira do ator, morto aos 28 anos —, Ledger é destaque na lista do The New York Times, que colocou Batman: O Cavaleiro das Trevasna 28ª posição:
“O maior trunfo do filme é Heath Ledger, cujo desempenho impressionante como o Coringa estabeleceu para sempre o padrão para os supervilões subsequentes”, diz a resenha.
FONTE:The New York Times
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