Jovem diagnosticada com câncer de intestino aos 22 anos revela os primeiros sintomas

Uma jovem australiana de 22 anos confundiu os primeiros sinais de câncer de intestino com cólicas menstruais e inchaço comum, o que atrasou seu diagnóstico e a levou a enfrentar um câncer em estágio 3. Charlotte Lasica começou a sentir dores abdominais no início de 2024, mas atribuiu o desconforto ao ciclo menstrual e a alimentos que não caíram bem.

Foi só meses depois, com o agravamento dos sintomas e o inchaço persistente, que uma amiga estudante de Medicina a convenceu a procurar ajuda médica. Após exames e uma colonoscopia, veio o diagnóstico: câncer de intestino que já havia se espalhado para os gânglios linfáticos.

Charlotte passou por uma colectomia total, que é remoção completa do cólon, e enfrentou oito rodadas de quimioterapia.

Apesar do impacto emocional, especialmente por precisar de uma ileostomia temporária, uma abertura cirúrgica no abdômen,  que permite que as fezes sejam desviadas para fora do corpo,  ela celebrou a notícia de estar livre do câncer no último mês.

Agora, ela faz um apelo urgente para que outros jovens não ignorem sinais incomuns no corpo. “Eu parecia saudável por fora, então, tentei convencer a mim mesma de que não era nada grave”, disse à imprensa australiana. “Mas eu sabia que algo estava errado.”

Os sintomas do câncer de intestino incluem:

• Cólicas abdominais persistentes
• Alterações intestinais, como diarreia ou prisão de ventre contínua
• Inchaço e sensação de plenitude
• Sangue nas fezes
• Fadiga constante
• Perda de peso inexplicada

Embora esse tipo de câncer seja mais comum após os 50 anos, os casos entre jovens adultos vêm crescendo de forma alarmante. Estudos apontam fatores como dieta rica em ultraprocessados, sedentarismo, obesidade e exposição a microplásticos como possíveis causas.

Charlotte reforça: “Uma colonoscopia pode salvar sua vida. Se você acha que algo não está certo, insista. Seu corpo fala, e você é quem o conhece melhor.”

Câncer de intestino no Brasil

Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de intestino é o segundo tipo mais comum entre mulheres e o terceiro entre homens no país. A estimativa para o triênio 2023–2025 é de 45.630 novos casos por ano, o que equivale a um risco estimado de cerca de 20 casos para cada 100 mil habitantes.

Esse tipo de câncer tem incidência maior em regiões mais desenvolvidas, como o Sudeste e o Sul, onde o estilo de vida mais urbano e dietas ricas em alimentos ultraprocessados contribuem para o aumento do risco.