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Fobia social não é timidez; entenda os sinais e saiba quando buscar ajuda

Sentir-se ansioso diante de situações sociais novas ou desafiadoras é algo comum. No entanto, quando esse desconforto é excessivo e interfere na vida diária, pode se tratar do transtorno de ansiedade social, conhecido popularmente como fobia social.
Ao contrário da timidez, que está ligada à personalidade e costuma ser persistente, a ansiedade social é um distúrbio de saúde mental que pode desencadear crises de pânico em casos mais intensos, sofrimento intenso e esquiva de situações cotidianas.
Segundo psiquiatras, os sintomas precisam durar mais de seis meses para que o diagnóstico seja considerado.
Sinais que merecem atenção
Especialistas apontam que o transtorno envolve um medo exagerado de ser observado ou avaliado negativamente por outras pessoas.
Isso pode se manifestar tanto em momentos de exposição, como apresentações ou entrevistas, quanto em interações simples, como conversar ou comer em público.
Esse medo constante pode causar sintomas físicos marcantes, como:
- Sudorese intensa, especialmente nas mãos, rosto ou axilas;
- Rubor facial;
- Tremores;
- Palpitações;
- Dificuldade para falar;
- Tensão muscular;
- Falta de ar;
- Náuseas, tontura e até dores abdominais.
Em quadros mais graves, pode haver ataques de pânico, com sensações de perda de controle, medo de “enlouquecer” ou de morrer.
Diante disso, a pessoa tende a evitar cada vez mais as situações sociais, o que compromete sua vida pessoal, escolar ou profissional.
O papel do diagnóstico e do tratamento
Apesar de ser mais comum na infância e adolescência, o transtorno também pode surgir na fase adulta, especialmente diante de mudanças importantes, como uma nova posição no trabalho.
Segundo os especialistas, é fundamental que familiares e amigos fiquem atentos a sinais, já que muitas vezes a pessoa afetada não sabe identificar ou expressar o que está sentindo.
A busca precoce por tratamento é essencial para evitar agravamentos e outras condições associadas, como depressão ou abuso de álcool e drogas.
O tratamento costuma combinar terapia cognitivo-comportamental com medicação antidepressiva. Em alguns casos, podem ser usados ansiolíticos ou remédios para controle de sintomas físicos, como o propranolol.
Uma técnica com bons resultados é a terapia de exposição, que introduz gradualmente o paciente às situações temidas, ajudando a reduzir o medo de forma controlada. Ferramentas como imagens ou realidade virtual podem ser utilizadas nesse processo.
Importante: o transtorno de ansiedade social é tratável, e reconhecer os sinais é o primeiro passo para recuperar a qualidade de vida.