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‘É a maior verdade que existe’

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‘É a maior verdade que existe’

Carol Castro fala com exclusividade à CARAS Brasil sobre a jornada de Clarice em Garota do Momento e comenta a relação intensa entre mãe e filhas que dividiu opiniões nas redes sociais

A reta final da novela Garota do Momento, que chega ao fim nesta sexta-feira (27), tem levantado debates intensos sobre os vínculos de afeto, maternidade e identidade. No centro da trama, Clarice, interpretada por Carol Castro, se viu dividida entre duas filhas: Beatriz (Duda Santos), sua filha biológica, e Bia (Maisa Silva), criada como sua filha durante 16 anos. Em entrevista exclusiva para a CARAS Brasil, a atriz faz uma defesa contundente da personagem, abordando a complexidade emocional de Clarice e os julgamentos do público.

Como construir uma mãe entre duas verdades?

Ao longo da novela, Clarice enfrentou uma trajetória marcada por violência psicológica, manipulação e perda de memória. Ainda assim, manteve um laço profundo com Bia, mesmo após descobrir que Beatriz era sua filha biológica.

“Construir a Clarice foi um grande desafio, justamente por existir uma ambiguidade nessa mulher que sofreu tanta violência, foi dopada por anos e teve seu passado roubado e apagado. E, principalmente: foi afastada da sua filha, Beatriz, seu amor maior! Dentro da Clarice de 1958, vivia ‘presa’ no subconsciente dela, essa artista e mãe de 1942”, conta Carol.

Para transmitir a ambiguidade da personagem, Carol usou recursos sutis. “Busquei passar essa ambiguidade através de olhares que mostrassem que aquela mãe estava ali, tentando sair. Ela criou a Bia achando que ela era a sua verdadeira ‘estrelinha’ e depositou todo o seu amor nessa relação. Foram 16 anos de convivência e afeto, mesmo ela não estando em boas condições psicológicas e até físicas. Havia uma lacuna ali. Um peso e um vazio, além do enredo de mentiras.”

“Novela é uma obra aberta. Eu não sabia do desenrolar da história. Fui pega de surpresa em alguns momentos, como a condução da personagem após recuperar a memória, mas a nossa missão, como artista, é entregar o melhor e ‘defender’ o papel até o fim. Fiquei feliz por ter uma certa abertura com a direção [artística] da Natália Grimberg e do Jeferson De [diretor-geral] para alinharmos o que seria melhor para a história. E essa escuta e troca são fundamentais”, afirma.

Julgamentos, críticas e a defesa da personagem

Nas redes sociais, o público reagiu com revolta a algumas decisões de Clarice, especialmente quando parecia colocar os sentimentos de Bia acima dos de Beatriz. Ainda assim, Carol Castro defende que essa complexidade é parte da riqueza dramática da personagem.

“É claro que a Clarice ama a Bia. Assim como ama a Beatriz. Não tem como negar que são duas filhas. Uma de sangue, com quem existiu convivência até os 4 anos. E outra de ‘adoção forçada’, que durou 16 anos. São relações fortíssimas! Eu sempre defendi que a Clarice amava as duas. Mas, na sua confusão mental e nas suas falhas, ela ficou perdida em como lidar com as situações que sucederam”, explica.

“Então, sem conseguir resumir, mas aqui respondendo: mãe é a de sangue e também a que cria. Isso é a maior verdade que existe”, enfatiza a atriz.

Carol Castro com Maisa Silva e Duda Santos
Carol Castro com Maisa Silva e Duda Santos – Instagram

Parcerias e entrega total: ‘Sangue nos olhos’

Apesar da intensidade dos embates emocionais em cena, Carol destaca o ambiente de parceria entre o elenco como fundamental para dar vida à trama. “É uma caixa de surpresas fazer novela. Eu respeito muito a função de cada um. Não é fácil contar uma história desafiadora como essa. Eu lido bem com as críticas. Sei que algumas são construtivas. Eu segui minha função com unhas e dentes. Sangue nos olhos. De corpo e alma. Pra ser a melhor Clarice possível até onde estava ao meu alcance”, revela.

“E a minha parceria fora de cena com Duda e Maísa era tão incrível quanto dentro de cena. Isso ajudou muito no nosso processo coletivo. E de todo o elenco e equipe. Uma união, uma vontade de darmos a excelência! Isso passa através da tela. Tem alma ali”, comenta.

Entre vilania e humanidade: o limite tênue

Ao ser questionada sobre a possível vilania de Clarice, Carol reflete sobre os limites entre erros e intenções. “É um ser humano real. Que erra e acerta. Que se envergonha, que pede perdão… que se redime. Ou tenta se redimir. Essa ‘vilania’ foi uma surpresa pra mim, mas encarei e me joguei tentando entender a carga de vida dessa mulher destroçada e perdida por um tempo”, avalia.

“Diria até que ‘vilania’, no caso dela, talvez seja uma palavra muito forte. Porque ela foi vítima, sim. Não foi ela que se colocou nesse lugar como o Juliano e a Maristela. Não digo que ela não errou, entende?”, pontua a atriz.

Com uma trajetória marcada por nuances emocionais, Carol Castro entregou uma Clarice intensa, humana e cheia de conflitos internos e deixou claro que, acima de tudo, sua personagem foi feita com alma, entrega e verdade.

Leia também: Carol Castro revela como lida com críticas: ‘Nunca vamos agradar a todo mundo’

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