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saiba quem deve evitar a prática, segundo estudo

O jejum intermitente tem ganhado grande popularidade como uma estratégia eficaz para emagrecimento e melhoria da saúde metabólica. Muitas pessoas adotam essa prática buscando benefícios como a perda de peso, a melhora da sensibilidade à insulina e a redução do risco de doenças crônicas. Contudo, apesar dessas vantagens reconhecidas, estudos recentes sugerem que o jejum intermitente pode não ser seguro para todos, especialmente para determinados grupos que apresentam predisposição genética a doenças intestinais.
Pesquisas indicam que o período logo após o jejum, conhecido como realimentação, é um momento crítico para o organismo, durante o qual ocorre intensa atividade celular no intestino. Essa fase pode representar um risco maior para o desenvolvimento de tumores em pessoas geneticamente predispostas, sobretudo se a alimentação não for adequada. Por isso, compreender os potenciais efeitos adversos do jejum intermitente é essencial para utilizá-lo de forma segura e eficaz.
O papel da realimentação e predisposição genética
Estudos realizados com camundongos mostraram que, após 24 horas de jejum, ocorre uma intensa proliferação de células-tronco no epitélio intestinal durante a realimentação. Esse processo é fundamental para a regeneração intestinal, mas pode aumentar a vulnerabilidade ao desenvolvimento de tumores, caso o organismo tenha fatores genéticos que predispõem ao câncer.
Além disso, a composição da dieta no momento da realimentação é crucial. O consumo de carnes processadas, alimentos ricos em açúcar e bebidas alcoólicas logo após o jejum pode intensificar os efeitos dessa proliferação celular, aumentando os riscos à saúde intestinal.
Benefícios e cuidados na prática do jejum intermitente
Apesar dos riscos apontados, o jejum intermitente apresenta benefícios como redução do consumo calórico, auxílio na perda de peso, melhora na resposta imunológica e redução do risco de doenças metabólicas, como diabetes. Porém, ele não é indicado para todas as pessoas de forma indiscriminada.
Indivíduos com histórico familiar de câncer intestinal precisam adotar cuidados extras, especialmente quanto à alimentação após o jejum, para evitar agravar os possíveis efeitos adversos. Como os estudos ainda são preliminares e baseados em modelos animais, recomenda-se cautela e acompanhamento profissional para garantir que a prática seja segura e adaptada às necessidades individuais.