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Esta é a forma ideal de coar o café, segundo a ciência

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Esta é a forma ideal de coar o café, segundo a ciência


Brasil é considerado o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos – Mariia Vitkovska/iStock
Brasil é considerado o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos – Mariia Vitkovska/iStock – iStock/Mariia Vitkovska

Do aroma que preenche a cozinha ao primeiro gole que desperta os sentidos, o café é mais do que uma bebida: é um hábito cultivado ao redor do mundo. Agora, um grupo de cientistas decidiu explorar esse ritual com um olhar técnico, buscando respostas não em receitas, mas nos fundamentos da física e da química.

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia mergulharam fundo no processo de preparo do café filtrado. Utilizando técnicas laboratoriais e simulações com gel de sílica transparente, eles analisaram como o fluxo de água interage com o pó ao longo do tempo. A meta? Maximizar a extração dos compostos aromáticos e reduzir o desperdício de grãos.

A principal descoberta é surpreendentemente prática: a chave está na altura e na constância com que a água é despejada. Ao verter o líquido de forma contínua e de uma altura significativa, cria-se um movimento interno semelhante a uma avalanche. Esse fluxo redistribui o pó de maneira mais uniforme e garante que toda a superfície de contato seja bem aproveitada.

Segundo os cientistas, esse simples ajuste melhora a qualidade da extração, resultando em uma xícara com sabor mais encorpado e equilibrado. Por outro lado, fluxos intermitentes ou muito próximos da superfície criam gotículas que perturbam a homogeneidade do processo, limitando o potencial da bebida.

“A continuidade do fluxo é essencial”, explica Margot Young, integrante da equipe de pesquisa. “Se o pó ficar imóvel ou mal molhado, partes do sabor são perdidas. E com isso, desperdiça-se não só o café, mas também os recursos usados para produzi-lo.”

Além do prazer sensorial, o estudo traz à tona um debate importante: a sustentabilidade na cadeia do café. Com os efeitos das mudanças climáticas pressionando regiões produtoras — como Brasil, Etiópia e Indonésia —, a eficiência na extração torna-se uma ferramenta relevante. Preparar uma xícara melhor com menos grãos é uma forma acessível de reduzir o impacto ambiental sem comprometer o sabor.

A maioria dos especialistas recomenda até 400 mg de cafeína por dia — o equivalente a 3 a 4 xícaras de café coado – 1_nude/iStock
A maioria dos especialistas recomenda até 400 mg de cafeína por dia — o equivalente a 3 a 4 xícaras de café coado – 1_nude/iStock – 1_nude/iStock

A pesquisa sugere que baristas, fabricantes de equipamentos e até consumidores domésticos podem repensar pequenas rotinas em busca de um preparo mais consciente. Uma mudança que não exige novos utensílios, mas apenas um olhar mais atento sobre a física por trás de um bom café.

Portanto, na próxima vez que for preparar sua dose diária, experimente ajustar a altura do escoamento. Pode ser o início de uma nova fase no seu ritual — mais saborosa, mais eficiente e mais alinhada com os desafios do nosso tempo.


Descubra como o café pode ser seu aliado para viver mais e melhor

Mais do que um aliado contra o sono, o café pode ser uma poderosa ferramenta para promover saúde e aumentar a expectativa de vida. Um estudo recente publicado na Ageing Research Reviews aponta que o consumo moderado da bebida pode adicionar até 1,8 anos à vida de homens e mulheres. A pesquisa revisou mais de 50 estudos internacionais e foi conduzida por cientistas portugueses.

 



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