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Estudo brasileiro identifica marcador no sangue que pode acelerar o diagnóstico do Alzheimer

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Estudo brasileiro identifica marcador no sangue que pode acelerar o diagnóstico do Alzheimer


Pesquisadores brasileiros deram um passo importante para tornar o diagnóstico do Alzheimer mais rápido e acessível. Em um estudo publicado na revista Nature Communications, médicos do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), no Rio de Janeiro, identificaram biomarcadores sanguíneos com alto potencial para detectar a doença. Entre eles, o pTau217 se destacou como um forte candidato para substituir métodos invasivos, como a punção lombar.

O que é o Alzheimer e por que o diagnóstico precoce importa

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta a memória e outras funções cognitivas. É a forma mais comum de demência, respondendo por mais da metade dos casos registrados no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Os primeiros sinais costumam ser sutis, como esquecimentos recentes, mas a condição evolui para sintomas mais graves, como confusão mental, dificuldades na fala e mudanças de comportamento.

O diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento e o acompanhamento adequado, ajudando a retardar o avanço dos sintomas e a melhorar a qualidade de vida do paciente.

Como o estudo foi conduzido

A equipe analisou amostras de sangue de 145 idosos brasileiros ao longo de até quatro anos. Os participantes foram divididos em cinco grupos, incluindo idosos saudáveis, pessoas com Alzheimer, comprometimento cognitivo leve, demência por corpos de Lewy e demência vascular. O objetivo foi avaliar quais proteínas no sangue poderiam indicar, de forma confiável, a presença de Alzheimer.

Proteína pTau217 alcançou até 98% de precisão e pode oferecer alternativa menos invasiva ao exame de punção lombar
Proteína pTau217 alcançou até 98% de precisão e pode oferecer alternativa menos invasiva ao exame de punção lombar – iStock/Liliia Bila

Entre os biomarcadores testados, o pTau217 demonstrou alta eficácia ao indicar alterações cerebrais compatíveis com a doença, rivalizando com os resultados do exame de líquido cefalorraquidiano (LCR), considerado o padrão-ouro para diagnóstico.

Por que o pTau217 é tão importante

A principal vantagem do pTau217 está em sua precisão e facilidade de obtenção. A coleta de sangue é muito menos invasiva do que a punção lombar necessária para o LCR, além de ser mais acessível em termos de custo e infraestrutura. No estudo, o pTau217 alcançou uma precisão de 94% quando comparado ao LCR. Combinado ao marcador Aβ42, o índice subiu para 98%, tornando-se um forte candidato a ser adotado como teste de triagem inicial para o Alzheimer.

Um novo caminho para diagnósticos mais rápidos e acessíveis

O estudo utilizou a tecnologia SIMOA HD-X, uma plataforma de ultra alta sensibilidade, para medir as proteínas no plasma. Além do pTau217, também foram avaliados outros biomarcadores como Tau total, NfL, GFAP e pTau181. A combinação desses marcadores pode, no futuro, compor um painel diagnóstico acessível, eficaz e aplicável em larga escala.

Ainda são necessários novos estudos para validar os achados em populações maiores e mais diversas. No entanto, os resultados já apontam para um futuro onde o diagnóstico precoce do Alzheimer pode ser feito com um simples exame de sangue, possibilitando intervenções mais eficazes desde os primeiros sinais da doença.



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