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Quanto caminhar por dia para reduzir risco de depressão em até 31%

Um estudo publicado no periódico científico Jama reforça a importância da atividade física na saúde mental. Segundo os pesquisadores, caminhar mais de 7 mil passos por dia pode reduzir o risco de depressão em até 31%.
A análise, baseada em dados de 33 estudos observacionais, envolveu mais de 96 mil adultos com idades entre 18 e 91 anos.
Descobertas do estudo
A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de Castilla-La Mancha, na Espanha, em parceria com outras instituições internacionais.
Os dados mostram uma relação clara entre o número de passos diários e a redução de sintomas depressivos.
O efeito é ainda mais forte para quem ultrapassa a marca dos 7 mil passos: a cada mil passos adicionais, o risco de depressão diminui 9%.
Em contrapartida, caminhar menos de 5 mil passos por dia foi associado a benefícios menores.
O impacto no corpo e na mente
A atividade física promove mudanças fisiológicas que impactam diretamente o humor.
Caminhar, por exemplo, aumenta a liberação de neurotransmissores, como serotonina e dopamina, substâncias que melhoram a sensação de bem-estar. Também há redução do cortisol, o hormônio do estresse.
Além disso, praticar exercícios pode melhorar a qualidade do sono, fortalecer a autoestima e estimular o convívio social — todos fatores que contribuem para a prevenção da depressão.
O estudo também destaca o potencial de usar metas de passos diários como ferramenta acessível de promoção da saúde mental.
Começar devagar também vale
Para quem está sedentário, qualquer aumento na movimentação diária já traz ganhos relevantes.
Os pesquisadores alertam que, mesmo com limitações físicas ou pouco tempo, é possível colher benefícios com pequenas caminhadas.
Outras práticas, como exercícios aeróbicos, musculação, tai chi chuan e ioga, também são associadas à melhora dos sintomas depressivos. O importante é manter-se em movimento.