Celebridade
Médico explica situação de Chico Buarque após cirurgia e alerta: “Acompanhamento contínuo”

O cantor Chico Buarque passou por uma cirurgia programa após receber um diagnóstico preocupante
O cantor Chico Buarque (80) se submeteu a uma cirurgia programada na última terça-feira, 3, para tratar um quadro de pressão intracraniana elevada. O problema foi detectado durante um check-up de rotina e, segundo informações divulgadas, o cantor e compositor não apresentava sintomas no momento do diagnóstico.
O procedimento escolhido foi a Derivação Ventrículo-Peritoneal (DVP), técnica comum em casos de acúmulo de líquor no cérebro. De acordo com o cardiologista e clínico geral Dr. Elzo Mattar, em entrevista à CARAS Brasil, a cirurgia envolve a instalação de um sistema interno que redireciona o excesso de fluido craniano para o abdome.
“Chico foi submetido a uma cirurgia de Derivação Ventrículo-Peritoneal (DVP), que envolve a colocação de cateteres e válvulas. Esses dispositivos farão a drenagem do líquor, em excesso no crânio, para a cavidade peritoneal, no abdome”, explica o médico
Embora o procedimento seja considerado seguro, o pós-operatório demanda atenção redobrada e um acompanhamento multidisciplinar. Para Dr. Elzo, esse cuidado é essencial para prevenir complicações e garantir que o sistema funcione corretamente.
“O pós-operatório da DVP exige acompanhamento multidisciplinar, vigilância para complicações precoces e tardias, ajustes individualizados da válvula e avaliação funcional periódica.”
Segundo o especialista, os efeitos positivos da cirurgia tendem a surgir nos primeiros meses, mas o quadro exige atenção constante, especialmente na terceira idade. “A melhora clínica costuma ser mais evidente nos primeiros seis meses, mas pode se manter por anos — embora exista risco de deterioração tardia dos sintomas, especialmente em pacientes mais idosos.”
A boa notícia é que, com o procedimento bem-sucedido e o suporte adequado, o cantor pode levar uma vida normal. No entanto, o acompanhamento neurológico contínuo será parte fundamental de sua rotina daqui para frente.
“Ele precisará de um acompanhamento clínico-neurológico contínuo. Com a cirurgia, o sistema de cateteres-válvulas impede o acúmulo excessivo do líquor, mas é preciso estar sempre atento aos sinais e sintomas da falha no funcionamento”, alerta o Dr. Elzo.
VEJA OUTRAS NOTÍCIAS NO INSTAGRAM DA CARAS BRASIL: