Como escolher o molho de tomate ideal? Confira as dicas

Ele está presente em quase todas as cozinhas brasileiras. Acompanha massas, incrementa carnes e é estrela nas pizzas de domingo. Mas, por trás da aparência simples, o molho de tomate esconde uma variedade de composições que podem impactar diretamente a sua saúde. Afinal, nem todo molho é igual — e entender isso é essencial para fazer escolhas mais conscientes.

Ao passear pelos corredores do supermercado, a variedade de marcas e tipos podem confundir até os consumidores mais atentos. Entre rótulos chamativos e promessas de sabor caseiro, estão fórmulas que, muitas vezes, vão além do tomate: há espessantes, conservantes, açúcar e até corantes.

A nutricionista Isabela Paschoal, referência em alimentação saudável, compartilhou em suas redes sociais dicas valiosas para ajudar os consumidores a distinguir um molho de qualidade daqueles que apenas imitam o sabor natural do fruto.

Molho ou extrato? Entenda o papel de cada um

Embora pareçam semelhantes, molho de tomate e extrato de tomate são produtos distintos. O primeiro é mais fluido, geralmente já temperado e pronto para o uso, com ingredientes como alho, cebola e ervas. Já o extrato é concentrado, mais denso e sem temperos, servindo como base para preparos personalizados. Se a ideia é praticidade, o molho pode ser útil. Mas se você busca controle total sobre o sabor e os ingredientes, o extrato é a melhor escolha — especialmente quando feito apenas de tomate.

O que se esconde no rótulo?

Muitos molhos industrializados trazem adições que comprometem sua qualidade nutricional. Entre os aditivos mais comuns estão:

Amido modificado: usado para engrossar o molho artificialmente. Na prática, reduz a quantidade de tomate e entrega menos sabor e nutrição.

Açúcar: frequentemente adicionado para suavizar a acidez do tomate, mas que contribui para o aumento do consumo calórico diário.

Corantes e conservantes: tornam o produto visualmente mais atraente e durável, mas não agregam valor nutricional e podem causar reações adversas em pessoas sensíveis.

Sódio em excesso: presente em quantidades elevadas em muitas marcas, é um risco para quem sofre de hipertensão ou deseja reduzir o consumo de sal.

Como acertar na escolha?

O segredo está na leitura atenta do rótulo. Quanto menor a lista de ingredientes, melhor. Dê preferência aos produtos que contenham apenas tomate ou polpa de tomate — sem aditivos, espessantes ou açúcares.

Outro ponto importante é a embalagem: versões em vidro são mais indicadas, pois evitam a liberação de substâncias potencialmente tóxicas que podem ocorrer em latas com revestimento interno inadequado. Sachês também são boas alternativas práticas.

Se possível, opte por molhos orgânicos. Além de mais naturais, são feitos com tomates cultivados sem o uso de agrotóxicos e geralmente não contêm aditivos artificiais.

Molho feito em casa: o campeão da nutrição

Nada supera o sabor e os benefícios de um bom molho de tomate feito em casa. Basta cozinhar tomates maduros com um fio de azeite, alho e ervas frescas para obter um resultado saboroso, nutritivo e livre de substâncias indesejadas. Pode parecer trabalhoso, mas congelar porções para a semana pode ser uma solução prática e saudável.

O impacto no prato — e na saúde

A escolha de um bom molho de tomate vai muito além do paladar. Afeta diretamente a qualidade da sua alimentação e, a longo prazo, a sua saúde. Em tempos em que os ultraprocessados ocupam cada vez mais espaço na mesa, fazer escolhas conscientes é uma forma de retomar o controle sobre o que comemos.

No fim das contas, trata-se de um pequeno gesto com grandes consequências: trocar um produto cheio de aditivos por um molho mais puro é um passo simples em direção a uma rotina mais equilibrada e natural. E tudo começa com o olhar atento ao rótulo.